Voltando ao nosso assunto sobre a crise que estamos vivendo sobre desemprego, o momento da entrevista é essencial para conseguir uma boa colocação. E como devo me comportar? É natural que as pessoas em geral fiquem nervosas ou se sintam estressadas quando tem que enfrentar uma entrevista de emprego. Situação muito importante, que pode decidir se vamos ou não conquistar o emprego, sem contar o fato de podermos sempre ser surpreendidos por perguntas que não esperávamos e também o fato de estarmos em um ambiente desconhecido, sendo testados por pessoas que nunca vimos, enfim, uma situação nova.
O nervosismo na entrevista de emprego pode e deve ser controlado, para alcançar este possível sucesso. Pessoas excessivamente nervosas em situações como essa passam uma má impressão ao entrevistador. No novo emprego pode ser necessário estar preparado para enfrentar problemas inesperados e o candidato deve ter jogo de cintura para poder lidar com isso, e já será testado na própria entrevista.
Além de tranquilidade, o ideal é sempre buscar passar uma imagem de segurança na sua entrevista de emprego. É preciso realmente acreditar naquilo que se está falando, pois estará falando de você, é necessário ter convicção, falar a verdade, não adianta dizer gaguejando que fala inglês fluentemente, o entrevistador é treinado para descobrir através dos seus gestos e do seu tom de voz, se você está realmente dizendo a verdade na entrevista. Ninguém sabe mais que você mesmo sobre suas qualidades e competências.
Fatores Fundamentais na sua entrevista de emprego sempre serão a calma, convicção e segurança.
Quem tem um bom conhecimento sobre o assunto e sabe bem do que está falando tem sempre uma maior tranquilidade e naturalidade. Procure conhecer a empresa ou loja que você está se candidatando a uma vaga, descubra quais os valores daquela empresa, qual é a cultura daquela empresa, verifique se eles valorizam a liberdade de criação ou a disciplina nos processos. Para sentir-se seguro.
Procure sempre uma empresa que tenha o seu perfil pessoal. Não adianta ter uma personalidade regrada e ir trabalhar em uma empresa flexível ou então gostar de liberdade de ação e ir parar em uma empresa burocrática. Pois ficará nervoso com as perguntas não sendo de acordo com seu perfil.
Ou se no momento não está podendo escolher, saiba que você sempre é capaz de se adaptar e galgar novas oportunidades.
Obviamente não adianta muita coisa conhecer bem a empresa a na qual será realizada a entrevista de emprego, se o candidato, não conhecer (e muito bem) a sí mesmo. Não esconda seus pontos fracos, saiba falar sobre eles de maneira natural, demonstre ter autoconhecimento, claro, também não esconda seus talentos, não tenha vergonha de falar neles se questionado, demonstre auto confiança.
É errando que aprendemos, não podemos esquecer. E querendo ser perfeccionista nos colamos em uma situação de nervoso maior ainda.
Errar é humano, aprender com os erros, no entanto, é uma capacidade de poucos. Caso você não seja chamado na sua entrevista de emprego e receba o famoso “entraremos em contato”, não se preocupe, é assim mesmo, pode ser que você não tivesse o perfil da vaga. Pode ser que você seja qualificado demais (e tenha uma pretensão salarial, além da prevista pela empresa) e pode ser que você não esteja preparado o suficiente.
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Mas isso não é o mais importante, o importante é prestar muita atenção na situação, algumas vezes, pequenos atos nas entrevistas de emprego podem virar o jogo, fazendo com que você perca ou ganhe a vaga. Mas seja natural, não force a situação, pode ser até que você consiga entrar na empresa, mas caso você tenha usado truques ou mentiras a mascara vai cair, uma hora vai cair.
Caso você realmente queira uma determinada vaga ou perfil de vaga, não desista, tente, se prepare melhor para a próxima entrevista de emprego e tente de novo. Se você realmente deseja e trabalha para isso, nada é capaz de impedir sua trajetória.
DANIELA MENICALLI
Psicóloga clínica, mestre em Distúrbios do Desenvolvimento, com formação há 18 anos. Atualmente responsável pelo Instituto Daniela Menicalli de Psicologia e professora coordenadora na Faculdade Fia – USP.
