Não há como separar a vida do professor Maurício Ferreira da existência da Escola Professor Luiz Rosa. Dos 57 anos de vida dele, 41 estão diretamente ligados à instituição onde foi aluno e hoje é professor. Maurício costuma dizer que o Rosa é o alicerce de sua vida. A entrevista com ele:
Em quais anos estudou na Escola Professor Luiz Rosa?
Estudei de 1979 a 1981. Fiz o curso técnico em Publicidade e Marketing.
Por que optou por este curso?
Meu primeiro emprego foi no Jornal da Cidade e gostei muito do setor de publicidade que além de Arlindo Cardoso, o ‘Nono’, tinha também pessoas que cursaram publicidade e me recomendaram. Fiz uma visita ao Rosa e vi que era uma ótima escola que já se preocupava em ensinar para a vida, ou seja, tinha visão para o desenvolvimento de competências.
Quais eram suas expectativas antes de começar o curso?
As melhores! Seria um mundo novo após estudar mais de uma década em meu bairro. Novos amigos e novos professores!!!
Fez parte do TER? Como foi essa experiência…
Sim, o TER(Teatro Estudantil Rosa) foi um dos maiores acontecimentos culturais de Jundiaí nas décadas de 1970 e 1980. Uma experiência para toda a vida. Além da arte tínhamos que desenvolver a organização, planejamento, estratégias, comunicação. Participei de festivais de monólogos, peças de teatro e eventos. Nosso grupo venceu um Festival de teatro amador do Estado de São Paulo e todos que participou em Jundiaí. O TER revelou atores que se tornaram profissionais(na foto ao lado e acima, Maurício em várias peças do Teatro Estudantil Rosa).
Como o curso que fez no Rosa o ajudou na vida e na carreira que escolheu?
Costumo dizer que minha vida foi construída com o alicerce da Escola Professor Luiz Rosa. Estudei, desenvolvi as competências para exercer minha profissão. Nos bancos escolares do Rosa constituí família. Foi minha escola que conheci minha esposa. Estudamos juntos!. Foi no colégio que fiz os melhores amigos da minha vida, amizades sólidas e somos praticamente uma família pois convivemos há 40 anos. Somos padrinhos de casamento uns dos outros. Batizamos filhos uns dos outros. Quatro décadas passando juntos: os piores e melhores momentos da vida. Lecionei para minha filha e para inúmeros filhos e amigos.
Formatura: 1981, festa no Grêmio CP. O jovem de óculos é o fotógrafo Mário Sérgio Esteves. Os dois são amigos até hoje
Você se surpreendeu com as inovações do Rosa, o método, com o clima claramente diferente de outras escolas?
Desde meus tempos de aluno o foco já era o aluno. A aprendizagem, sem decorebas dando importância ao que faríamos em nossas vidas com o conhecimento adquirido.
Ao terminar o curso sentiu-se satisfeito?
Bastante satisfeito! Tive aula com os melhores Professores da época: Ulisses Nutti Moreira; Fernando Leme do Prado; Mercedes Cruañes Rinaldi(na foto ao lado, madrinha de Maurício na formatura); José Mauro Lorencini; Coronel Alaor; Gabriel Pará; Adalberto Foelkel entre outros.
Conte como foi o convite para se tornar professor do Rosa? Ficou surpreso?
Comecei lecionar no Rosa em 1985. Tinha 23 anos. O convite foi do professor Fernando Leme do Prado. Lecionava Educação Artística no anfiteatro. O objetivo era desenvolver a comunicação e a postura no mercado de trabalho. Fiquei nesta disciplina até 1988. Em 1996 me formei em Direito e já em dezembro daquele ano fui convidado pelo professor Ulisses Nutti Moreira para dar aulas nesta área, o que faço até hoje.
Como vem sendo esta experiência?
Gosto muito de lecionar para adolescentes. É incrível como aprendemos com eles também, minhas disciplinas são Direito, Legislação Social, Ética e Cidadania e Ética e Formação de Valores. É uma oportunidade única para dar minha contribuição para reforçar a importância da ética, dos direitos e dos deveres para esses meninos e meninas que num curto espaço de tempo se tornarão grandes profissionais, íntegros e conscientes de suas responsabilidades na sociedade.
Como é ter sido aluno e agora professor da mesma instituição?
Uma grande honra e alegria
Isto passou pela sua cabeça na época que era estudante?
Nunca! Foi bem por acaso. Fui desafiado pelos convites. Aceitei e desde então me dedico, aprendo e tenho a preocupação de me aperfeiçoar.
Filhos, sobrinhos estudaram no Rosa?
Lecionei para minha filha que também fez Publicidade. Dei aulas na Faculdade de RH para minha esposa que foi também foi minha colega de classe na adolescência. Lecionei para quatro primos e inúmeros filhos de amigos da época do Teatro Estudantil. Essa coincidência sempre me faz realizado, me sinto um cara de sorte!
E como você analisa o fato de o Rosa, com 103 anos, continuar na vanguarda do ensino de Jundiaí e região?
Imagine uma escola Particular sobreviver 103 anos com todos os governos que já tivemos?O Rosa é muito diferente já que tem como objetivo dar autonomia aos alunos fazendo-os andar com as próprias pernas. É uma escola que vai além dos conteúdos, desenvolve também a capacidade de resolver problemas, o trabalho em equipe, a importância da empatia, saber ouvir, a comunicação adequada e a planejar sua vida profissional e pessoal a curte, médio e longo prazo.
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