ESCOLA: Preço ou proposta pedagógica? O que é mais importante?

ESCOLA

Final de ano é sempre uma época difícil para os pais já que têm de escolher a escola que os filhos cursarão. Quase sempre eles enfrentam um dilema: fazer a escolha pelo preço ou pela proposta pedagógica? E, se optarem pela linha de ensino, será que realmente é a melhor para o perfil da criança ou adolescente? O Jundiaí Agora entrevistou o educador Fernando Leme do Prado(foto acima), especialista no assunto já que administrou a Escola Professor Luiz Rosa quatro décadas. Ele dá uma verdadeira aula para pais e mães que estão arrancando os cabelos neste momento delicado, tanto para eles no que diz respeito aos gastos, quanto para o aprendizado dos filhos. Uma escola com metodologia ativa e que cobre um valor razoável é possível de ser encontrada desde que os pais tenham o trabalho de fazer as perguntas certas.

Como se entender a proposta pedagógica de uma escola, professor Fernando?

Isto é uma coisa complicada já que nem todos têm referenciais. As pessoas se baseiam na educação que tiveram, na escola que cursaram. Até costumam usar expressões do tipo “no meu tempo era de determinada maneira”. Hoje, uma dica para os pais é analisar aquilo que a escola faz de fato e não aquilo que ela diz que faz. Praticamente todos os estabelecimentos de ensino afirmam que usam a Metodologia Ativa. Mas, o que é isto? Como utilizá-la diariamente na sala de aula? Metodologia Ativa é interatividade. O aluno tem que falar, participar das atividades de forma intensa. Para que isto ocorra, o professor precisa estar capacitado, preparado. Ele precisa de fundamentação. Caso contrário, ele continuará sendo um instrucionista, um professor que vai falando e passando informações para frente. Aliás, informações que podem estar em qualquer lugar como jornal, internet, televisão e livros. Tem professor que até hoje só faz isto. Ele pega os conteúdos e apresenta para os alunos baseado no principio de que se alguém estiver ouvindo estará ocorrendo aprendizagem. E isto não é verdade.

Neste método, o aluno só está de corpo presente…

Isto mesmo. No Instrucionismo basta isto: o aluno já estará participando da aula se ficar sentado e ouvindo o professor. A educação moderna exige muito mais. O estudante precisa fazer coisas, trabalhar o tempo todo. O professor propõe temas para discussões, o aluno fala, escreve, pesquisa.

Algumas escolas dão ênfase em projetos…

Sim. Mas trabalhar com projetos não é algo simples. É preciso que os alunos tenham uma proposta, definir princípios e objetivos, sair a campo, pesquisar, levantar dados, organizá-los e apresentá-los. Um projeto é feito de várias tarefas.

Voltando à Metodologia Ativa, o aluno tem que se mexer…

O principio imperativo é de que o estudante participe, se manifeste, produza. Ele tem que aprender fazendo. Costumo perguntar: quantas horas preciso ver o César Ciello nadando para aprender a nadar? Não funciona assim. Para aprender a nadar eu tenho que cair na água. A maioria das escolas dizem que utilizam a Metodologia Ativa mas não a usam de verdade. Muitas trabalham apostilas, o material didático. O aluno lê, aprende por conta e risco. A informação passada pelo professor é uma versão daquilo que está no material. E apostilas e livros não servem para nada se não houver metodologia. Como é a rotina do aluno, a participação, a inserção dele no próprio processo educativo? Também é preciso saber se seu filho gosta da escola. Estar num lugar satisfeito ou contra à vontade é um fator essencial na aprendizagem.

Para complicar ainda mais, muitas escolas só tem como objetivo fazer com que os alunos passem no vestibular…

Perfeitamente. Nem sempre o pai está preparado para analisar proposta pedagógica e saber o que é bom para os filhos. Eles só repetem modelos. Existe o senso comum e o bom senso. Será que as escolas voltadas apenas para a aprovação no vestibular são as melhores para seu filho? O diploma universitário, hoje, está longe de ser a chave do sucesso. A realidade atual é muito diferente. E muda o tempo todo. A escola não pode repetir informação e sim ensinar os alunos a achá-la, trabalhá-la e saber se é válida. Até porque atualmente é preciso ter certeza se a informação é verdadeira ou falsa. Com certeza, a escola formativa dá mais resultados do que a informativa. É esta a análise que os pais devem fazer na hora de matricular os filhos. Como determinada escola está formando os jovens para lidar com a realidade da vida? As escolas não são iguais e o melhor jeito de saber é perguntando.

Mas existe um complicador: o preço. Como trabalhar com este dilema?

Quanto a escola vai custar é algo crucial nesta equação. Não adianta querer ir para a melhor escola do mundo e não poder pagar. É preciso avaliar bem e escolher qual é a melhor opção dentro da faixa de preço que a família consegue pagar.  Importante lembrar que comprar o mais barato quase sempre não é um bom negócio. Os pais devem comparar as escolas e os processos de cada uma. As vezes, a diferença entre os preços não é tão grande e mesmo assim a pessoa acaba escolhendo o mais barato e, por consequência, a pior opção. Cito sempre o exemplo de uma jovem que estudava em Várzea. Ela decidiu estudar lá porque a diferença da mensalidade com uma escola de Jundiaí era de R$ 50. Ela não fez a conta. Não percebeu que estudar em Várzea seria mais caro. Teve apenas a sensação de que era mais em conta. Trata-se de uma cultura difícil de vencer. As pessoas não estão acostumadas a analisar todos os fatores. Educação é investimento e a escolha por uma escola não tem um único fator, como o preço. É preciso avaliar os custos e os benefícios…

Acredita que a Escola Professor Luiz Rosa está inserida neste cenário que o senhor mostrou?

Creio que sim. O Rosa tem a proposta pedagógica bem definida e tem metodologia de projeto aplicada na prática. Os pais podem perguntar e a escola conseguirá provar. Além disto, não é a escola mais cara de Jundiaí. Também não é a mais barata. Tem um preço razoável.(Ilustração: acebqualifica.org.br)

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