Sustentabilidade: O que são ESG e ODS?

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Quanto se fala em Meio Ambiente ecologicamente equilibrado, surgem várias possibilidades de aplicações práticas, todas voltadas ao objetivo de sustentabilidade, ou seja, equilíbrio entre desenvolvimento e preservação do planeta. Mais recentemente se tem falado da sigla ESG, que vem do inglês e significa Environmental (Meio ambiente), Social e Governance, bem como da ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

O ESG (Environmental, Social e Governance) está ligado a um conjunto de padrões e boas práticas voltados às empresas para definir se há efetivamente uma prática de defesa do meio ambiente, de ações sociais e de boa administração e transparência. Seria uma forma de medir a sustentabilidade de cada empresa.

E a importância disso será cada vez mais avaliada, principalmente nas relações entre empresas e consumidores, bem como no comércio internacional, onde países já exigem boas práticas ambientais, sociais e administrativas para aceitar a importação de produtos. Também na obtenção de financiamentos bancários e obtenção de verbas de fundos públicos ou privados.

O objetivo é avaliar se as empresas são boas opções de investimentos e empresas sustentáveis, verificando se tais empresas podem contribuir positivamente com a sociedade com recursos financeiros, sociais e ambientais.

O lucro das empresas continua sendo importante, mas para tanto deverá ser equilibrado com os demais resultados sociais (geração de empregos, ações sociais, etc.), ambientais (preservação de recurso hídricos, replantio de áreas de preservação, etc.) e governamentais (transparência financeira e contábil, política de remuneração, etc.). E quem ganha mais com isso? A resposta: todos (meio ambiente equilibrado, geração de renda, de emprego, práticas sociais e administração eficiente).

Dessa forma, tais práticas são vantajosas para toda empresa, que economiza recursos, reduz perda de matéria-prima, promove a logística reversa e a reciclagem, com inúmeras ações social e ambientalmente corretas, numa relação direta entre resultado financeiro e sustentabilidade, entre outras diversas práticas.

No futuro cada empresa será avaliada por essa capacidade de sustentabilidade e respeito aos princípios do ESG, por seu impacto positivo ou negativo perante todo o seu ecossistema de relacionamento.

Diz-se que o ESG nasceu em publicação, no ano de 2004, envolvendo o Pacto Global da ONU em parceria com o Banco Mundial, intitulada ”Who Cares Wins” (ganha quem se importa), tendo havido um desafio do então secretário-geral da ONU, Kofi Annan, voltado a 50 líderes de grandes organizações financeiras.

Noutra banda, os ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – são um apelo global para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima, garantindo a todos paz e prosperidade. Faz parte do trabalho da ONU – Organização das Nações Unidas, através da “Agenda 2030”, com diversos objetivos, inclusive no Brasil.

Também os ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estão ligados a questões sociais, ambientais e de governança, para que todos (órgãos públicos,empresas e sociedade como um todo), passem a contribuir mais efetivamente para alcançarmos a sustentabilidade: crescimento sem prejudicar nosso planeta, pois é a fonte de tudo que precisamos para uma vida com dignidade e qualidade, que envolve recursos naturais e ambientais em geral, entre eles, a preservação do clima, regime de chuvas, florestas, água, ar, etc. Mais detalhes das ODS podem ser obtidos clicando aqui.

Finalizando, vale repetir aqui um trecho lindíssimo do discurso do Cacique Seattle ao governador de Washington, datado de 1854, texto que conheci através do filósofo Leonardo Boff, no livro ‘Ecologia Grito da Terra’, Grito dos Pobres, com apelo à necessidade de preservação de nosso planeta, nossa única e exuberante casa:

“De uma coisa sabemos: a Terra não pertence ao homem. É o homem que pertence à Terra. Disto temos certeza. Todas as coisas estão interligadas como o sangue que une uma família. Tudo está relacionado entre si. O que fere a Terra fere também os filhos e filhas da Terra. Não foi o homem que teceu a trama da vida: ele é meramente um fio da mesma. Tudo o que fizer à trama, a si mesmo fará.”

Meio Ambiente gera resultados financeiros, mas também é principalmente fonte de vida e recursos a serem explorados de forma equilibrada, para manutenção da vida no planeta. É possível a sustentabilidade, mas para isso temos que ter cada vez mais ações concretas.

CLAUDEMIR BATTAGLINI

Promotor de Justiça Aposentado, Especialista em Direito Ambiental, Professor Universitário, Consultor Ambiental e Advogado. E-mail: battaglini.c7@gmail.com

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