ESPREMER para caber…

espremer

Em uma roda de conversa, foi contada a história de um jovem, que a muito custo tentava se encaixar. Porém, as suas tentativas eram frustradas. Contavam que sempre que alguém falava sobre seus comportamentos, modos ou até questionava uma ação dele, o rapaz não fazia o que pensava ou sentia. Ao contrário, agia para satisfazer o desejo dos outros. Quando alguém falava que ele precisava melhorar, ele consentia, mudava para o que as pessoas desejavam, até tentava absorver o que era pedido. Mas, voltava para os antigos comportamentos. Era uma tentativa sem fim de se espremer para se encaixar. Mas, quanto mais tentava, mais ferido ele ficava, mais incomodado, sem espaço, sem cor, sem movimento ficava. Não era ele mesmo.

Quantas são as vezes que assim como este jovem, nos esprememos para caber? Ou nos moldamos a ponto de esquecer nossa essência para agradar as pessoas a nossa volta? Ou quantas vezes, aceitamos o que nos é imposto para tentarmos ocupar um lugar? Isso acontece com muita frequência no nosso dia a dia, e passamos a confundir nossos sentimentos, nos feriando, sendo que talvez nem sejamos mais bem-vindos àquele grupo. Nossa sua presença ou ausência pode até não ser mais percebida. E se isso acontece é preciso fazer uma reflexão de tudo o que compõe nosso ambiente.

No profissional, precisamos dosar se realmente estamos em harmonia com as nossas responsabilidades e atribuições. É preciso saber se estamos sendo direcionados e os pontos que estão sendo apresentados são para nossa evolução e construção de carreira. Estou ocupando o cargo que eu desejo? Estou fazendo o que eu realmente gosto de fazer? Quando faço algo, quanto de energia eu gasto? Perguntas como essas, pode ajudar a entender se você está no mesmo nível que seu cargo ou atribuições exigem.

No ambiente pessoal, precisamos analisar quantas são as vezes que você procura as pessoas a sua volta e quanto há de troca. Se o interesse em encontros, reuniões, parte apenas do seu lado. Com que frequência você é convidado ou sua presença só se faz necessária quando os outros precisam de algo? É importante avaliar o seu valor ou se está ocupando o seu devido lugar. O sim, é sempre muito óbvio. Da mesma forma, que ao ser apontado como o único culpado, se questione se não são estas as pessoas querendo de apagar o vestígio de suas ações. Pois, são muitos que culpam os outros pelo comportamento delas próprias

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Quando avaliamos as esferas de nossa vida, nossas relações, trazemos para a nossa percepção pontos que até então não tínhamos conhecimento. Passamos a ter percepções mais aguçadas e entendemos pontos que são importantes para nosso autoconhecimento. Filtramos o que nos é sadio e o que nos machuca. Analisamos com mais critério onde devemos investir nossas energias. Cuidar de você, suas emoções e respeitar suas vontades é a maior prova de amor próprio e que isto trará melhor qualidade de vida. Mas, a pergunta que fica é: até quando se espremer para caber?(Foto: Mikhail Nilov/Pexels)

ROBERTA TEIXEIRA PERES

Gestora, terapeuta holística, especialista em desenvolvimento humano, Eneagrama. pós-graduada em neuromarketing e PNL Aplicada em gestão de pessoas.

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