Com pintura pela metade e sem Doria, obra na estação é entregue

estação

Ao contrário do que foi anunciado pelo Palácio dos Bandeirantes, o governador João Doria não veio a Jundiaí para a entrega das obras de recuperação da estação ferroviária, nesta manhã(17). A informação foi divulgada ontem, pela Secretaria Especial de Comunicação do Governo do Estado. A assessoria de Doria explicou, durante a solenidade, que ele teve um imprevisto e, por este motivo não pode comparecer. Praticamente no mesmo horário, Doria deveria estar em Itapevi, segundo a agenda divulgada no site do Governo do Estado. Lá, participaria de almoço no restaurante Bom Prato. Jornais daquela região informam que o governador cancelou a visita na véspera. Leitores do Jundiaí Agora que utilizaram os serviços da ferroviária nesta manhã enviaram fotos mostrando que apesar da entrega, nem tudo ficou pronto a tempo. Escadas, por exemplo, não foram pintadas por completo.

A entrega foi feita pelo secretário dos Transportes Metropolitanos, Paulo Galli, e o presidente da CPTM, Pedro Moro. A estação local completará 155 anos neste mês e faz parte do patrimônio histórico e cultural do Estado de São Paulo. De acordo com a CPTM, os investimentos foram de de R$ 10,19 milhões e beneficiarão 185 mil passageiros que passam por mês pela estação.

“Hoje é um dia muito importante para a cidade de Jundiaí e para o Estado de São Paulo também, com a entrega da estação mais antiga do sistema ferroviário do estado totalmente restaurada. Um projeto aprovado pelo Condephaat, portanto, respeitando as regras mais precisas e importantes do restauro e é um presente para uma cidade que tem vocações industrial, de agricultura, prestação de serviço e logística muito fortes, mas também turística. E hoje estamos presenteando Jundiaí, através da CPTM, com esse contrato de restauro”, afirmou o secretário dos Transportes Metropolitanos, Pauli Galli.

Iniciado em 2020, foram restaurados as coberturas internas e externas, forros e estruturas de madeira, salas operacionais, saguão de entrada da estação, tijolos das paredes das fachadas externas e internas, estrutura metálica da passarela histórica, além da substituição da tela por gradis metálicos no entorno do “locobreque” (locomotiva a vapor). Também foram realizadas melhorias nos pórticos e sustentação da rede aérea de energia na região das plataformas, além de atualizações das instalações elétrica e telecom.

“A malha ferroviária da CPTM tem um acervo histórico e cultural que preserva a memória patrimonial secular de algumas estações das cinco linhas de trens. Há um planejamento para restauração com o objetivo de valorizar e preservar a cultura desses símbolos da nossa sociedade e deixá-los como um legado para as nossas gerações. Fizemos isso com a restauração do complexo da Estação da Luz e, agora, com a Estação Jundiaí. Com a reforma priorizamos a estabilidade das estruturas aliada à operação dos trens, garantindo as condições de segurança para passageiros e funcionários”, explica Pedro Moro, presidente da CPTM.

Para conservar o estilo arquitetônico da época e as estruturas originais, uma vez que as edificações são tombadas pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) e pelo Conselho Municipal do Patrimônio Cultural de Jundiaí (Compac), todo o processo de projeto e execução de obras, realizado pela Atryan’s Arquitetura Restauração e Construção, passou por um rigoroso planejamento e acompanhamento.

Curiosidades – Além de toda a história da edificação secular, os passageiros que passam pela Estação Jundiaí também podem contemplar um Locobreque, exemplar de uma locomotiva a vapor, que operava na ferrovia século passado. O Locobreque passou por um processo de conservação e a cobertura do local onde está exposta também foi restaurada. Além disso, placas da época do Imperador Dom Pedro II e que marcaram os 100 anos da estação também podem ser vistas.

Inaugurado em 16 de fevereiro de 1867, o Complexo da Estação Ferroviária de Jundiaí foi construído para ser o terminal da antiga São Paulo Railway, posteriormente denominada Estrada de Ferro Santos-Jundiaí. Foi a primeira linha ferroviária em território paulista que conectou o planalto ao litoral. As tipologias arquitetônicas da estação refletem o estilo adotado pelos ingleses nas primeiras construções ferroviárias de São Paulo, com técnicas de alvenaria de tijolos e ferro fundido.(Atualizada às 15h40 de 17/2/22)

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