ESTÁDIOS DE FUTEBOL: Volta do público gera racha entre clubes

estádios de futebol

A volta do público aos estádios de futebol no país tem gerado uma crise institucional entre os clubes que disputam a Série A do Campeonato Brasileiro. As apostas para o campeão do torneio em bet365 apostas estão todas no Atlético Mineiro, mas o Flamengo, personagem desta história, também está entre os favoritos.

Não há consenso entre as equipes, o que tem gerado uma disputa silenciosa entre os cartolas que comandam o futebol nacional. No meio disso, está o combate à pandemia e a preocupação com uma possível disseminação do vírus em estádios de futebol.

A pandemia significou um duro golpe nas receitas dos clubes, que perderam faturamento com bilheteria dos jogos, parte expressiva dos rendimentos das equipes. Desde março do ano passado os estádios estão vazios. Agora, com o aparente controle da crise sanitária, os clubes, governos estaduais e prefeituras ensaiam uma retomada gradual do público. Mas as discussões sobre o momento exato para isso acontecer tem sido motivo de briga entre dirigentes.

Desde o início de setembro o Flamengo tem pleiteado uma volta mais rápida do público aos estádios. O clube não participou de um encontro com outras equipes da Série A capitaneada pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Isso porque, o time da Gávea foi ao STJD (Superior Tribunal de Justiça) para derrubar uma liminar que o impedia de vender ingressos para os seus jogos como mandante.

Isolado, mas amparado por uma decisão judicial, o Flamengo conseguiu colocar público na partida de volta contra o Grêmio, pelas quartas de final da Copa do Brasil. Foram quase sete mil pessoas, com renda estimada em R$  790 mil. Os presentes tiveram que apresentar cartão de vacinação e teste contra Covid-19 negativo feitos até 48 horas antes do jogo.

Critério sanitário à parte, a disputa causou um racha entre os clubes que disputam a primeira divisão. Flamengo e Grêmio voltaram a se enfrentar uma semana depois, desta vez pelo Brasileirão. O clube gaúcho venceu por 1 a 0, e um dos dirigentes do clube expôs o mal estar entre as agremiações.

“Nós da diretoria estávamos realmente muito chateados, porque é um regulamento que não está sendo cumprido. Estávamos chateados porque jogamos em Porto Alegre sem público e jogamos com público aqui. Isso não é certo. Mas foi reparado e vamos torcer para que o quanto antes o público volte para o estádio. Mas para os 20 (clubes). Não para o “privilegiadinho”, disse Marcos Hermes, diretor do Grêmio.

O Flamengo voltou a colocar público no Maracanã nas semifinais da Libertadores, diante do Barcelona de Guayaquil, quando venceu por 2 a 0. Com público de 22 mil pessoas, o clube carioca faturou R$ 4 milhões em bilheteria. Um valor significativo em meio à crise financeira que assola boa parte dos clubes neste momento.

Em São Paulo, os clubes têm acatado as determinações do governo estadual, que por sua vez seguem o Comitê Científico criado para administrar a crise da pandemia. Na última semana, o governador João Dória (PSDB) anunciou, para os estádios de futebol, a autorização de 30% da lotação de cada setor a partir do dia 4 de outubro.

Os organizadores dos eventos esportivos serão responsáveis pelas normas sanitárias de prevenção no combate à Covid-19. A partir daí, haverá uma escalada gradual na liberação do público. Do dia 15 ao dia 30 de outubro, será permitida a entrada de metade da capacidade das arenas. A partir do dia 1º de novembro, está autorizada a lotação completa das arenas.(Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBP)

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