O ex-candidato à Prefeitura de Jundiaí e empresário, Ricardo Benassi, fez postagem no Facebook que causou polêmica nesta manhã(14). Ele comentou a visita de Lula(PT) ao Complexo do Alemão na última quarta-feira(12). Apoiando Jair Bolsonaro(PL) na eleição presidencial, Benassi replicou fake news afirmando que Lula se encontrou com traficantes e usou boné com siglas usadas pelo crime. Em pouco mais de uma hora, o post teve mais de 300 comentários. Alguns elogiaram o empresário. A maioria criticou a disseminação de informações falsas. O Jundiaí Agora entrou em contato com Ricardo Benassi. Ele explicou que utilizou informações postadas pela deputada federal Carla Zambelli(PL) e a deletou quando soube que era uma fake. Mais tarde, Benassi fez nova publicação desculpando-se pelo erro.
A primeira publicação do ex-candidato dizia o seguinte: “Pessoal reflitam muito antes de votar. Busquem informações em diversas fontes. A maior parte da Imprensa está crucificando Jair Messias Bolsonaro por ter ido à missa e minimizando Luiz Inácio Lula da Silva pela visita ao morro do Alemão se encontrar com traficantes e inclusive usar boné de siglas utilizadas por crime. As eleições nas cadeias foram amplamente vencidas pelo candidato do PT. Que Brasil que queremos?”
As reações foram imediatas. “Não tem assessoria para checar notícias falsas? Em nada ajuda a democracia a propagação de fake news de nenhum lado, de ninguém”, afirmou um professor. “A elite política atrasada de Jundiaí tem de pendurar as chuteiras. Post racista e preconceituoso. A elite odeia pobres”, publicou um consultor. “Estes são os nossos políticos e o motivo não elegermos um deputado na região. Ricardo, por favor, defender posição é aceitável e legítimo. O que te torna menor é desinformar. Não sei se foi intencional ou por falta de conhecimento. Lamentável”, afirmou um radialista. “Como se trata de um grande empresário não acredito ser falta de conhecimento. Profundamente lamentável”, disse um jornalista.
A postagem do ex-candidato, embora em menor escala, foi elogiada. “Ricardo, admiro sua sensatez e coragem. O Brasil que eu quero está escancarado para todos verem. As imagens falam por si e o que mais me deixa indignada são pessoas de bem e com certa cultura, defenderem o candidato e o partido comunista que afundou o Brasil durante o desgoverno deles. Vamos de 22 pois jamais nossa bandeira será vermelha”, escreveu uma internauta. “Admiro sua coragem em trazer sua relevante opinião ao embate político que estamos vivendo. Não desista”, elogiou outro.
Depois de retirar o post da rede social, Benassi divulgou que “logo cedo fiz uma postagem que tinha informações não verídicas. Desculpem-me. Disse que o Lula era o mais votado entre os presidiários. Os presos não votam, apenas o próprio Lula é que vota por ser um descondenado. Quero deixar claro prefiro o candidato que vai a Missa e combate o crime do que o descondenado que em suas palavras passa a mão na cabeça de criminosos e é defendido por bandidos. Sou de uma família que sempre valorizou e valoriza o trabalho. É através dele que conquistamos dignidade e prosperidade. Bora trabalhar. E votem com consciência. Bolsonaro 22 e Tarcísio 10”. Em duas horas, a mensagem teve mais de 400 comentários. Alguns criticaram o post que gerou a polêmica e os argumentos usados pelo ex-candidato na segunda publicação. Outros apoiaram Benassi e reafirmaram voto para o presidente.

Na visita ao Complexo do Alemão, Lula usava um boné com a sigla “CPX”. Bolsonaristas passaram a acusá-lo de fazer referência ao crime organizado. ‘CPX’ é a sigla usada, inclusive por órgãos oficiais do Governo do Rio de Janeiro para designar os vários complexos, como o do Alemão, Penha e Maré, segundo o G1 do último dia 13. Já o site Yahoo do mesmo dia informou que usuários das redes sociais estavam atacando Lula, após publicação de foto com o ator Diego Raymond, no dia 12, apontado como um traficante chamado ‘Mister M’. Esta informação é falsa segundo o site de notícias. No dia 11, o UOL citou reportagem da Folha sobre o voto dos presidiários. O texto informa que a campanha de Bolsonaro teria usado dados de sites regionais e relatórios de urnas de presídios para alegar que o candidato do PT seria o preferido entre os detentos. No entanto, a campanha do presidente não teria apresentado relatório consolidado dos votos de todas as cadeias do país. Além de pedir a suspensão da veiculação de propaganda, o partido de Lula quer também direito de respostas. Os dois casos ainda não foram julgados.
Caminhada, carreada e motociata – Neste sábado (15), mulheres de Jundiaí e região farão ato contra o fascismo e em apoio às candidaturas de Fernando Haddad, para o governo de SP, e de Lula para presidente. A manifestação organizada pelo coletivo ‘Força da Primavera’ terá concentração às 9 horas, na praça do Fórum, rua Barão de Jundiaí. A caminhada irá até a Praça Erazê Martinho, na Ponte Torta.
Já no dia 23 pela manhã, apoiadores de Bolsonaro farão carreata a favor do presidente. A concentração será em frente ao Parque da Uva, na Avenida Jundiaí. O destino será a Prefeitura. Além da carreata, eles colarão adesivos em veículos. No dia 29, a partir das 15 horas, o movimento Jundiaí Conservador fará uma motociata pelas ruas da cidade. O ponto de encontro será o Parque da Uva.(Atualizada às 13h50 de 14/10/22)
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