Nem todos desafinam neste sofrido planeta. Os exemplos podem vir de longe e de perto. Nossa vizinha Colômbia, que já teve dias terríveis, tem conseguido certeiros êxitos. Medellín, uma das cidades mais violentas do hemisfério, foi um exemplo de pacificação(foto). O presidente Juan Manuel Santos, que comandou o país entre 2010 e 2018 e que em 2016 recebeu o Nobel da Paz, tornou-se uma das mais prestigiadas lideranças do ambientalismo contemporâneo.
Uniu-se ao que de melhor existe em termos de clarividência e descortino, como Jeffrey Sachs e Sebastião Salgado e passou a pregar a urgência de uma inversão de rumos na política ecológica global.
Enquanto o Brasil vê o desmantelamento de uma estrutura criada para defender a Amazônia e uma galopante ignorância quando ao mundo repugna o desmatamento e o estímulo à grilagem, garimpo ilegal e política de terra arrasada, o colombiano foca a bioeconomia e a geopolítica.
Para ele, a pandemia é aperitivo para a potencialidade devoradora de um equívoco ambiental. O mundo despertou para a relevância da sustentabilidade levada a sério. Ambiente, panorama social e governança inspiram as melhores inteligências a uma reação firme contra a ignorância e o obscurantismo.
O recado emitido pelo mercado faria a surdez recobrar a audição? Se vocês continuarem a desmatar, consumam vocês mesmos os seus produtos. Não compraremos mais de vocês!
Um sinal alvissareiro é que a cidadania consciente sabe que governos são transitórios e que o povo continua a titularizar a soberania. Com exclusividade. Por disposição explícita da Constituição da República, todo o poder emana do povo. Ele é a fonte única de poder. Tem legitimidade para se opor à má condução de políticas estatais, cujo rumo equivocado põe em risco décadas de lenta edificação de um sistema protetivo da natureza.
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É bom ouvir o líder colombiano: estamos caminhando, aceleradamente, para o precipício. A morte da biodiversidade é o suicídio de uma Nação que já foi exemplo para o mundo e que, lamentavelmente, regrediu e mergulhou no caos. Esse quadro é reversível? Há controvérsias. Qualquer dos lados depende da posição de cada um de nós.
JOSÉ RENATO NALINI
Desembargador aposentado, reitor da Uniregistral, docente da Pós-graduação da Uninove e Presidente da Academia Paulista de Letras.
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