Os “grandes” vão dando adeus: a extinção das BALEIAS

BALEIAS

Talvez ainda perdure em nosso imaginário a ideia de que nos oceanos vivem as baleias, gigantescos mamíferos, ocasionalmente vistos em épocas do ano nas costas continentais, com seus filhotes. A realidade é outra: esses grandes animais vão dando seu “adeus” a nós, humanos, que os temos extinguido, insistentemente, ao longo dos séculos.

As baleias-franca são caracterizadas nos desenhos com um “espirro” de água saindo em forma de “v” de seu dorso, parcialmente emerso: Isso ocorre quando o ar é expelido muito rapidamente, vaporizando uma pequena quantidade entre seus orifícios respiratórios. Como tudo é majestoso quando se trata de baleias, esse borrifo pode chegar a 8 metros de altura, e ser ouvido a centenas de metros!

Recente notícia publicada na Revista Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) mostra tristes números e ocorrências com as baleias-franca: apenas existem no mundo 411 exemplares, e especialmente no mês de junho, foram encontrados mortas baleias de idade variada (40, 34 anos), machos e fêmeas; jovens ou em plena capacidade reprodutiva, todas monitoradas há mais de uma década por grupos de pesquisadores, em vários centros de pesquisa e universidades.

Como cada individuo é único, em cores e marcas naturais, o monitoramento preciso de cada baleia se dá por foto-identificação, recebendo número e nome, auxiliando os pesquisadores a conhecer-lhes as rotas oceânicas, temporadas reprodutivas, alimentares, tempo de vida, hábitos etc.

“A principal suspeita é que tenham morrido por conta de complicações, como fraturas e infecções, decorrentes de lesões causadas por acidentes com barcos. Outra hipótese é que tenham se sufocado com redes usadas para a pesca de lagosta e caranguejo”, afirmam os autores da pesquisa indicando que as principais causas da morte dessas baleias, além, claro, dos episódios permanentes de caça ilegal ou legal de países como o Japão.

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Sabemos que as cenas que descreveremos a seguir são fortes: mas, nesses tempos, podem tomar o caráter de “didáticas”de forma que possamos ter a dimensão de como é realizada uma “caça”, especialmente a praticada pelos pescadores em lanchas baleeiras: se fazia o arpoamento do filhote antes da baleia adulta, para atraí-la; ao permanecer junto ao baleote, amparando-o, a mãe era então golpeada com a lança por repetidas vezes, sem contudo abandonar sua cria, morrendo ao fim lentamente pelo sangramento das feridas sucessivas.

Hoje, com os grandes navios baleeiros e seus arpões de longo alcance, usa-se o “método” de ferir o filhote, quando este é presente; quando não, faz-se o arpoamento do animal de cerca de 50 mil quilos o qual se arrasta, por quilômetros, até que pelo cansaço se deixa aproximar e ter mais golpes, finalmente mortais. Não há como não se sentir enojado por pertencer a uma espécie, a humana, que pode praticar (a até mesmo se vangloriar) de caçar, nesses ou em quaisquer outros moldes.

O certo é que ficamos um pouco mais sós nesse mundo, cada vez mais triste e menor sem as pacíficas e (e)ternas baleias.

Para saber mais:

Conheça o Programa de Pesquisa e Conservação das Baleias Franca –Instituto Australis, Santa Catarina: http://baleiafranca.org.br/

Revista FAPESP. Agosto 2019: https://revistapesquisa.fapesp.br/2019/08/07/um-mes-macabro-para-as-baleias-francas/


ELIANA CORRÊA AGUIRRE DE MATTOS

Engenheira agrônoma e advogada, com mestrado e doutorado na área de Análise Ambiental e Dinâmica Territorial (IG – UNICAMP). Atuou na implementação, coordenação e docência em curso superior de Gestão Ambiental, em consultorias e certificação de Sistemas de Gestão da Qualidade, Ambiental e Normas de Produção Orgânica Agrícola. É autora do livro “Janelas do mundo ao nosso redor”, publicado pelo Clube dos Autores em 2019 (https://bit.ly/2JbUDMm).Veja mais visitando seu site: www.elianademattos.com.br


Créditos das imagens

Foto principal – Projeto Baleia Jubarte/Petrobras  – Imagem final – https: // bit.ly/2MVpQ9x


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