Não tenho FACEBOOK

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Não tenho Instagram, TikTok, Twiter e nem Facebook. Participo de alguns grupos de WhatsApp, nem sempre ativamente, sem repassar as informações que recebo sobretudo porque, muitas vezes, não sei se são confiáveis ou fidedignas. Poder-se-ia dizer que estou desconectado, principalmente sob os olhares daqueles que não desgrudam do celular e que avisam o tempo todo onde estão, o que comeram ou o que/quem viram. Mas não estou isolado, pois ainda temos, para além da internet, inúmeras formas de nos mantermos atualizados, das mídias às leituras.

Fico me perguntando se o fato de digitar no celular com o indicador e não com os polegares é sinal identificador de faixa etária. Entretanto há inúmeros outros traços no uso dos equipamentos informatizados que permitem identificar as características de quem os está usando, mas quero me restringir apenas aos motivos que nos levaram a ser tão dependentes destes aparelhinhos. Lenta e gradualmente incorporamos o transporte dos nossos celulares a todos e quaisquer lugares aos quais vamos. Parece que a necessidade de estarmos permanentemente conectados é imprescindível. Se esquecermos nosso telefone móvel em casa ao sairmos temos a sensação de estamos despidos na rua. Cabe aqui perguntar: o que realmente acontece se ficarmos sem comunicação por algum tempo, como sempre estivemos até recentemente?

Provavelmente nada. Se alguém, que realmente importe, precisar urgentemente de você é bem provável que você seja encontrado. Por outro lado você estará livre de todas as ligações indesejadas, dos telemarketings e até mesmo dos “sem noção” que só ligam por que não tem coisa melhor para fazer. Esquecer o telefone pode ser uma benção.

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Inquestionavelmente o uso dos smartphones pode nos trazer conforto e acesso a informações de forma rápida e efetiva. Por isso muitas instituições de ensino estão revendo a proibição taxativa de uso de celulares em sala de aulas depois que novas metodologias decorrentes da combinação de tantos meios pedagógicos passaram a ser utilizadas. Se bem orientado pode ser uma ferramenta valiosa nas atividades que focam a aprendizagem e o protagonismo do aluno. Evidentemente o telefone poderá ser usado também como substituto dos antigos bilhetinhos, mas este é um efeito secundário perfeitamente administrável por um professor atuante e didático, disposto a trabalhar com metodologias ativas dentro dos princípios da educação híbrida.

De todo modo acho que não me faz falta nem desenvolvi nenhum tipo de dependência às redes sociais como o Facebook, por exemplo. Curiosamente uso meu telefone, muitas vezes, apenas como telefone e me beneficio de toda a tecnologia que me permite estar antenado com o mundo instantaneamente. Assim, sou razoavelmente independente do meu celular deixando bem claro que ele está aos meus serviços e não o contrário.(Foto: reprodução/Pexels)

FERNANDO LEME DO PRADO

É educador

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