FINALMENTE chega a hora de cumprir o direito de cidadão!

Neste domingo o eleitorado é convocado a participar das eleições que ocorrem em todo Brasil. Finalmente! E por volta das 20 ou 21 horas, já teremos definido os candidatos ao segundo turno, quer seja para presidente da República, quer seja para governador de Estado. As pesquisas mostram que a tendência do eleitorado é colocar no segundo turno Jair Bolsonaro e Fernando Haddad para presidente. E fica aqui um registro óbvio: de nada serve o horário eleitoral gratuito quer seja no rádio quer seja na televisão. E é fácil avaliar isso: o primeiro candidato foi vítima de um atentado no início de setembro, não foi às ruas e não usou os oito segundos que tinha direito no horário eleitoral. Na verdade, ele ocupou muito mais espaço do que este tempo, porque tanto o noticiário de rádio ou de televisão mostrou, todo dia e toda hora, a evolução do quadro de saúde do candidato.

Para se ter uma ideia, no dia em que Bolsonaro teve alta do hospital, os telejornais dedicaram de 10 a 15 minutos para mostrar percurso, chegada ao aeroporto e ao condomínio onde mora no Rio. Quer mais espaço que este? Jornalismo ainda comanda a audiência nas rádios e televisão o que significa que oito segundos foram abandonados pelo candidato.

Já Fernando Haddad participou da jogada de marketing do PT que colocou Lula da Silva como candidato e o Brasil acompanhou a votação da rejeição de sua candidatura no Tribunal Superior Eleitoral. E o julgamento durou horas e o espaço no jornalismo foi maior que os outros candidatos. Além disso, o PT cumpriu o prazo para anunciar a formação de chapa, tendo Haddad como candidato principal.

Como se vê, os dois ganharam muito mais espaço fora do horário eleitoral do que dentro do mesmo. De nada adiantou Ciro Gomes e Geraldo Alckmin que davam sinais nos últimos dias de tentarem tirar Haddad ou Bolsonaro do segundo turno. Mas os dois respiram por aparelhos! Não conseguiram no espaço gratuito convencer o eleitorado. A figura de Alckmin na televisão se tornou cansativa, a de Ciro Gomes pesada e irônica. Diante deste quadro e com a derrocada costumeira de Marina Silva só poderiam restar os que usaram mais o marketing do que qualquer horário gratuito oferecido e chegam ao segundo turno.

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Claro que as pesquisas não mostram abstenção. Mas claro está que muita gente que deixou de voltar nas últimas eleições viu em Bolsonaro a salvação, mas não se pode contar com os ovos antes da galinha botar.

Que o brasileiro cumpra seu dever de cidadão e compareça às urnas. Além de presidente, há briga para governador, depois dois senadores, um deputado federal e outro estadual, não nesta ordem na urna eletrônica. O problema de Jundiaí e região é o grande número de candidatos para os dois cargos citados aqui por último. Ideal seria eleger pelo menos dois federais e dois ou três estaduais. Mas como estamos acostumados a um só, o que nos resta é esperar para ver. Esperar não: ir às urnas e votar!


NELSON MANZATTO
Jornalista profissional diplomado, tendo trabalhado no Jornal da Cidade de Jundiaí, Diário do Povo de Campinas, Jornal de Domingo de Campinas, Diário Popular de São Paulo e Jornal de Jundiaí. Foi editor-chefe dos jornais Diário do Povo, Jornal de Domingo e Jornal de Jundiaí e sempre trabalhou nas editorias de Política e Economia. Também trabalhou em Assessoria de Imprensa. É membro da Academia Jundiaiense de Letras e tem quatro livros publicados: Surfistas Ferroviários ou a História de Luzinete (Vencedor de Concurso Literário), Contos e Crônicas de Natal (com cinco textos premiados), Momentos e No meu tempo de Criança. Mantém um blog literário: blogdonelsonmanzatto.blogspot.com