Finanças do colaborador: Reduções de CUSTOS e faltas

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Você já parou para pensar que, além das exigências jurídicas, a adequação à NR1 impacta diretamente as finanças e a produtividade da equipe? E que a educação financeira corporativa, ao capacitar colaboradores, pode ser um fator estratégico para evitar prejuízos? Não estar em conformidade com a NR1 tem custo — financeiro, humano e de reputação. Por outro lado, a educação financeira é uma poderosa aliada da governança empresarial.

Por que a NR1 importa e o que ela exige? A NR1 trata das “Disposições Gerais sobre Saúde e Segurança no Trabalho” e, em sua versão atualizada, inclui o “Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO)”, abrangendo inclusive riscos psicossociais.

Isso significa que não basta ter um documento pronto ou preencher um checklist. É necessário identificar riscos, monitorá-los, envolver colaboradores e documentar tudo como parte de um processo contínuo.

Em resumo: a empresa que ignora a NR1(ou cumpre apenas parcialmente), assume riscos concretos, que têm rosto, impacto e número.

Os custos de não estar em conformidade (ou estar apenas “meia-boca”) – Alguns dados ajudam a entender o tamanho do problema (segundo levantamentos do Sindeprestem, Escutaris e Moodar):

  • Multas por não conformidade à NR1/GRO: cerca de R$ 4 mil por unidade para empresas de 100 a 250 empregados.
  • Afastamentos por transtornos mentais ou musculoesqueléticos: média de R$ 21.300 por caso.
  • Condenações trabalhistas por danos morais/materiais: média de R$ 80 mil por processo.

E os custos “invisíveis” pesam ainda mais:

  • Cada afastamento de 45 a 90 dias gera R$ 10 mil a R$ 20 mil;
  • Reposição e treinamento de pessoal: R$ 5 mil a R$ 8 mil por colaborador;
  • Aumento no FAP pode custar R$ 80 mil a R$ 200 mil por ano.

Quer ver um exemplo prático? Uma empresa de médio porte com 200 colaboradores, que posterga a implantação da NR1, pode acumular R$ 562.500 em custos evitáveis por ano. O investimento estimado para implementação era de apenas R$ 20 mil, gerando um ROI de 1.025% . Ou seja, para cada R$ 1 investido retornaria R$ 11,25.

Conformidade não é custo. É proteção jurídica, eficiência operacional e saúde das finanças.

Os “custos escondidos” que afetam a produtividade e o rendimento financeiro – Além das multas e condenações, existem impactos silenciosos:

  • presenteísmo (quando o colaborador está presente, mas não produz);
  • aumento de erros e retrabalhos;
  • turnover elevado;
  • queda de foco e atenção.

Esses fatores drenam produtividade e afetam diretamente o resultado final. E mais: a reputação da empresa sofre. Isso dificulta atrair e reter talentos, aumenta custos de recrutamento e reduz a capacidade de geração de renda.

Onde a educação financeira entra nessa equação – Quando a empresa não inclui educação financeira em sua estratégia de bem-estar, o colaborador fica mais vulnerável a:

  • estresse por dívidas;
  • crises emocionais relacionadas ao dinheiro;
  • queda de produtividade;
  • adoecimentos;
  • afastamentos.

É necessário formar colaboradores mais estáveis financeiramente, com mais foco, menor turnover e melhor desempenho diário.

Como a educação financeira complementa a NR1 – A conformidade à NR1 é parte da governança de pessoas.  E governança só funciona quando as pessoas estão bem — inclusive financeiramente. Colaboradores que sabem organizar seu orçamento, sair de dívidas e planejar o futuro:

  • têm menor risco de adoecimento ligado ao estresse financeiro;
  • reduzem afastamentos;
  • apresentam maior foco e engajamento;
  • entregam mais produtividade.

Educação financeira é investimento na saúde da equipe e no desempenho da empresa.

A ponte final: NR1 não trata apenas de documentos, mas de pessoas – Quando entendemos isso, fica claro que a saúde das finanças dos colaboradores é parte essencial da prevenção de riscos psicossociais. Um colaborador endividado, ansioso ou sobrecarregado financeiramente tem maior chance de cometer erros, entrar em conflito, adoecer e se afastar.

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Ou seja: a empresa pode estar 100% em conformidade documental e ainda perder dinheiro se ignorar o impacto financeiro da vida pessoal dos funcionários. Por isso, empresas modernas estão unindo NR1 + Educação Financeira Corporativa. O resultado é poderoso: menos estresse, mais foco, menos turnover, melhor clima e mais lucro.(Foto: Nataliya Vaitkevich/Pexels)

KAUÊ CARVALHO

É pós-graduado em Finanças Pessoais pelo Instituto Soape e especialista na Lei do Superendividamento do Brasil. Atua há mais de cinco anos ajudando pessoas a reestruturarem suas vidas financeiras, com visão global e adaptada às diferentes realidades de contexto. @kauecarvalhoconsultor

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