A transformação digital ou a 4ª Revolução Industrial é o que já estamos a assistir. É o físico passando para o virtual. Não é preciso sair à rua e ficar acenando para apanhar um táxi. Basta usar o celular e o uber atenderá. Se quiser reclamar de algo num restaurante, use o facebook, assim como os garçons já anotam os pedidos no smartphone. Quem é que hoje precisa de guias impressos para localizar endereços? Aplicativos variados levam qualquer motorista a qualquer lugar.
Estamos apenas no início, porque muita coisa já está disponível em outros países e, cedo ou tarde, chegará ao Brasil. Esse movimento se funda em cinco pilares: mobilidade, mídias sociais, big data, nuvem e internet das coisas.
Mobilidade significa uma nova estratégia de interagir com aplicações, acessar notícias e fazer compras pela internet. Ampliou-se o potencial de praticar atividades que hoje se tornaram rotineiras: acessar arquivos, enviar textos e fotos, emitir sinais para georreferenciamento. As mídias sociais propiciaram o relacionamento entre as pessoas e hoje é comum encontrar-se até mesmo sinal de dependência delas. Cada pessoa chega a acessar seu celular ou tablet, mais de cem vezes ao dia. Quando se possibilitou criar e compartilhar conteúdos e trocar mensagens, a mídia social ameaça substituir a própria web.
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Já a big data é o conjunto de ferramentas e técnicas hábeis a captar e analisar enorme quantidade de dados. Os cliques, as curtidas, as páginas visitadas, os conteúdos replicados, tudo vira um acervo de pistas indicativas dos hábitos do usuário. De posse desse manancial de informações, as empresas e governos podem tomar decisões mais racionais e endereçadas ao gosto do cidadão ou consumidor.
A “cloud”, ou a computação em nuvem, permite manter memória e capacidade de armazenamento e de processamento em diferentes servidores, além de acessar tais recursos de qualquer lugar no planeta. Pode-se usar programas de outros computadores e ampliar ou reduzir uma estrutura de tecnologia da informação.
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Nada supera, entretanto, a internet das coisas. Esta a verdadeira revolução tecnológica propiciadora da conexão entre objetos. Desde a troca de sinais entre carros providos de sensores para evitar colisões, até a conversa com o estoque, a reposição de itens de consumo e até o controle da saúde, além de indicar o local exato em que cada usuário se encontra.
O mundo é outro e inimaginável. Quem viver verá! (foto acima: wallpapercave.com)
JOSÉ RENATO NALINI
É secretário estadual de Educação e desembargador aposentado do Tribunal de Justiça de São Paulo.