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FLUXO atenderá mulheres vítimas de violência, em Campo Limpo

fluxo

A Prefeitura de Campo Limpo Paulista apresentou o Fluxo de Atendimento à Mulher Vítima de Violência que representa um grande avanço no acolhimento prestado dentro do município. A iniciativa dirigida pela Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social tem respaldo das polícias Civil e Militar, GM e Ministério Público. O objetivo é dar eficiência e eficácia ao processo.

Hoje, a cada quatro mulheres, uma é vítima de violência (Datafolha/2021). Ainda não existem dados compilados dentro do município, mas o aumento do número de casos e as barreiras enfrentadas pela administração municipal, bem como as vítimas de violência, levou a criação de um fluxo para efetivar o trabalho em parceria.

A secretária de Assistência Social Vera de Lourdes Gonçalves esclarece que o fluxo vem para prestar o atendimento posterior para as vítimas que fizeram ou não boletim de ocorrência – até porque a maioria não busca sequer auxílio. “Essa parceria envolve segurança, assistência social, saúde etc. É essa organização que trará novos caminhos”.

Para o capitão Caio Dias Baptista do 49° Batalhão da Polícia Militar de Várzea Paulista e Região, a questão é realmente o pós, para que a mulher que sofreu a violência seja acolhida mas também tenha a oportunidade de seguir adiante. “Tenho certeza que estamos dando um passo bem importante”, diz.

A PM também orientou sobre o uso do SOS Mulheres, um aplicativo que pode ser usado pelas vítimas que contam com adoção de medidas protetivas.

O vereador JC representou a Câmara Municipal e falou que não são apenas as agressões físicas mas também as psicológicas que devem ser denunciadas. “A mulher ocupou seu lugar e não podemos mais admitir, nem aceitar”.

O chefe de gabinete Leandro Bizetto representou o prefeito Luiz Braz e lembrou que no anúncio do pacote de obras do aniversário de 57 anos de Campos Limpo Paulista existem projetos importantes para as mulheres, entre eles a Casa Rosa. A primeira dama Maria Cecília Mazon Braz também marcou presença no evento.

Repensando – A advogada Andrea Castro, representante da Comissão de Mulheres da OAB e coordenadora do núcleo Mulheres do Brasil de Jundiaí alertou para o avanço da violência doméstica e para a importância de denunciar. Principalmente para as mulheres que sofrem agressões psicológicas.

Para ela, o projeto é um exemplo de como tratar a mulher que foi vítima de violência. “Porque o maior acolhimento é dizer que ela não está sozinha”, diz Andrea.

A assistente social Juliana Ramos foi a responsável pela apresentação do Fluxo de Atendimento à Mulheres Vítimas de Violência, em Campo Limpo Paulista. Ela que é gerente do Centro de Referência de Assistência Social Especializado (CREAS) diz que o grande objetivo é motivar a mulher que teve coragem de denunciar.

A partir da denúncia, feita pela vítima ou de outra pessoa, terá uma ficha de atendimento preenchida para que seja encaminhada para os serviços necessários. “Nem sempre a mulher se reconhece como vítima de violência mas é a prevenção a partir dos primeiros sinais de que ela existe, que não deixará ela chegar a um caso mais grave e que comprometa a saúde da mulher”.

A mulher vítima de violência será acolhida, explica Juliana. Caso não tenha uma rede de proteção, ela será encaminhada para programas específicos e receberá não apenas tratamento psicológico e físico, como a chance de compor o ciclo de violência, com ressignificação para uma nova vida.

Importância – Geralmente as agressões contra a mulher acontecem no espaço familiar, escolar ou institucional, consideram-se como principais tipos: a violência física, a sexual, a psicológica ou por negligência. Dentre as formas mais generalizadas de violência contra a mulher, destacam-se a violência física praticada por parceiro íntimo e a violência sexual. Estudos apontam que parceiros e ex-parceiros são os principais autores da violência doméstica contra a mulher.

Nas últimas décadas, iniciativas foram criadas para modificar a situação, como a criação das Delegacias de Defesa da Mulher e a promulgação da Lei n. 11.340/2006, a Lei Maria da Penha, possibilitando a figura do “flagrante” e a decretação de prisão preventiva, além de aumentar a pena e instituir medidas protetivas. No entanto, o medo e a dependência financeira da mulher em relação ao parceiro são os principais motivos para não ocorrer uma denúncia. Para denunciar entre em contato pelos telefones 100, 190, 153 ou 180.(Da assessoria de comunicação da Prefeitura de Campo Limpo Paulista)

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