A temperatura deverá despencar em Jundiaí, a partir de hoje(29), segundo a Climatempo. Deverá chover e a mínima será de 11 graus. Amanhã, a mínima prevista é de 7 graus. De sábado até a próxima sexta-feira(6), a temperatura mínima deverá variar entre 11 e 15 graus. No último dia 17, devido ao frio, a Unidade de Gestão de Assistência e Desenvolvimento Social (UGADS) antecipou a Operação Noites Frias, inicialmente prevista para começar em junho. A ação, que envolve uma força-tarefa da rede socioassistencial, tem como principal objetivo proteger e acolher a população em situação de rua nos dias de frio intenso. Nas últimas semanas, o entorno do Centro Municipal de Educação de Jovens e Adultos(CMEJA) e viaduto Sperandio Pelliciari, na vila Arens, está sendo tomado por pessoas que dormem pelas calçadas, mesmo com o frio. A Operação Noites Frias seguirá até o dia 30 de agosto, mas o atendimento emergencial é realizado em qualquer época do ano sempre que a temperatura atinge 13 graus ou menos.
A presença de muitas pessoas nas redondezas do CMEJ, segundo a Prefeitura, pode estar associado a diversos fatores, como a proximidade da estação ferroviária e a presença da Casa de Passagem, serviço da rede socioassistencial executado em parceria com a Organização da Sociedade Civil SOS desde 2021. Até o momento não há registro de pessoas vindas da Cracolândia, que passou por intervenção da Prefeitura de São Paulo recentemente.
O atendimento às pessoas em situação de rua não é fácil. O acesso à Casa de Passagem é garantido a partir das 16 horas, e pode ser realizado de forma espontânea pela própria pessoa, o que, por vezes, gera uma concentração maior de pessoas na entrada do serviço principalmente com o frio. Em maio, foram identificadas 49 pessoas, a maioria homens. Muitos, contudo, optam por não fornecer informações detalhadas, direito respeitado pela equipe. A UGADS explica que a permanência nas ruas é um fenômeno complexo, resultante da interação de diversos fatores: pobreza extrema, rompimento de vínculos familiares, uso de substâncias químicas, questões de saúde mental, desemprego, violências, preconceitos e lacunas nas políticas públicas.
Em Jundiaí, a rede socioassistencial voltada ao atendimento de pessoas em situação de rua é estruturada e diversificada, composta por serviços como o Centro Pop, Casa de Passagem, Abrigos e República. Contudo, o processo de saída das ruas exige um trabalho integrado entre as políticas públicas e a atuação direta com cada pessoa, respeitando sua trajetória e vulnerabilidades. Em muitos casos, mesmo com o frio, a rua deixa de ser apenas um local de passagem e passa a representar um espaço de sociabilidade, resistência e, paradoxalmente, de pertencimento.
Centro Pop – Hoje, o SOS fica no entorno da estação ferroviária. A maioria das pessoas em situação de rua usa os trens para chegar na cidade. Para a UGADS, o local é o mais adequado, sobretudo pela sua estratégia geográfica. A construção do novo Centro Pop, ao lado da Casa de Passagem, consolidará a região como um polo estruturado para acolhimento e atendimento. Assim, ao desembarcarem do trem, poderão ser rapidamente atendidas no Centro Pop ou na Casa de Passagem, com mais segurança e agilidade.
A tendência, portanto, é que o serviço permaneça neste endereço, justamente pela sua função estratégica no fluxo de acolhimento. Atualmente, as pessoas que chegam acabam se deslocando até o centro da cidade, onde hoje funciona o Centro Pop, percorrendo trajetos pela rua. Com a inauguração do novo equipamento ao lado da Casa de Passagem, o atendimento será centralizado em um único ponto, otimizando os serviços e o acolhimento e os procedimentos serão ainda mais qualificados, aprimorando o atendimento à população em situação de rua. A UGADS afirma está desenvolvendo um novo projeto, que será apresentado à rede socioassistencial em breve, visando o fortalecimento das ações de atendimento e acolhimento. (Foto: Raphael de Abreu)
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