Espremidinha entre lojas da rua Barão de Jundiaí e Rangel Pestana lá esta ela, a Galeria Bocchino. Não importam os letreiros que anunciam os estabelecimentos que abriga. Eles surgem e desaparecem como manda as leis da economia. Alguns, é verdade, ficam para sempre na memória, como o Credi Curadinho. Como esquecer? O fato é que a Galeria Bocchino tem o seu charme, além de ser um atalho para quem está com pressa para chegar no coração da cidade ou sair dele mais depressa.
Quem nunca passou pela galeria que liga o Largo São José ao antigo Largo da Matriz, hoje Catedral Nossa Senhora do Desterro(foto ao lado Sabrina Matheus)? Quem nunca parou, entre um lance de escada e outro, para olhar as vitrinas nas paredes, especialmente as criadas para o Carnaval, coloridas, cheias de alegria, com fantasias para crianças? Ou quem nunca ficou na fila interminável para comprar um sorvete italiano que amenizava os dias quentes de antigamente? Só quem tem menos de 40 não viveu o auge da Galeria Bocchino. Estas pessoas não viveram bons momentos naqueles 40, 50 metros de corredor…
No site da Prefeitura, a informação é de que a galeria comercial foi projetada na década de 60 pelo engenheiro Vasco Venchiarutti, ex-prefeito de Jundiaí falecido na década de 80. O professor Maurício Ferreira, historiador da cidade, publicou aqui mesmo no JA que a Galeria Bocchino foi inaugurada em 1956.
Deixando de lado a diferença de anos, sabe-se que a ideia era construir uma ligação entre os dois largos com o piso térreo sendo tomado por lojas tradicionais. Nos superiores, passaram a funcionar renomados escritórios.
Vieram os shoppings, o comércio central cresceu assustadoramente. Mas, a Galeria Bocchino resiste ao tempo. Seus boxes podem ficar vazios por algum tempo. Mas sempre aparece alguém que acaba montando seu comércio, de olho no vai e vem infinito de possíveis consumidores. E estes não param de passar. E entre uma ida e vinda, de vez em quando surge a necessidade de comprar…
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