Esta semana começam a ser definidos os caminhos dos indiciados pela tentativa de golpe. Zanin marcou os dias de hoje e amanhã para a coisa pegar fogo! Foram frustrados os recursos de Jair Bolsonaro e dos generais Braga Neto e Mário Fernandes de barrar as participações dos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin no julgamento. Apenas o ministro André Mendonça, indicado ao STF por Jair Bolsonaro, votou para que os três não participassem do julgamento. Até mesmo, Nunes Marques, indicado pelo mesmo Jair, votou pela participação dos ministros no julgamento.
A partir de agora, vamos esperar os acontecimentos e ver o que irá acontecer. A chance de arquivamento do inquérito é pequena e os indiciados podem ser condenados a presos. Na última semana, Bolsonaro reuniu menos de 20 mil pessoas na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, para pedir anistia aos condenados e presos pelas destruições ocorridas na Praça dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro de 2023.
Vale lembrar que quatro fugitivas que estavam na Argentina, resolveram ir buscar apoio de Trump, nos Estados Unidos. Resultado: estão presas e devem ser deportadas! O Intercept Brasil tem denunciado fugitivos na Argentina e mantidos financeiramente por ONGs e empresários. O trabalho de investigação naquele país continua e existem ameaças contra os jornalistas que atuam nesta ação.
Além desta ameaça, os ministros do Supremo Tribunal Federal também têm sofrido ameaças sobre o julgamento dos que tentaram dar o golpe para continuar no poder. A lei da Ficha Limpa, que Bolsonaro esperava beneficiá-lo e torná-lo apto a se candidatar no ano que vem, não chegou onde ele queria. Mas ele continua insistindo na anistia alegando que existem chefes de família, pessoas idosas presas e condenadas. Ele só não diz o que estas pessoas faziam na tentativa de golpe no dia 8 de janeiro, na Praça dos Três Poderes…
Mas como diz o Hino Nacional, “Verás que um filho seu não foge à luta…” não atingiu seu objetivo para Eduardo Bolsonaro. O filho de Bolsonaro, conhecido como 03, decidiu pedir licença na Câmara dos Deputados e está nos Estados Unidos. Já disse aqui que, desde 20 de janeiro, quando Trump tomou posse, que o 03 tinha feito quatro viagens aos Estados Unidos. Seu medo, por não voltar ao Brasil, era de que poderia ser preso e ter seu passaporte preso, impedindo assim dele fazer turismo pelo mundo.
No mais, muitos políticos desmerecem a classe: o senador Plínio Valério (PSDB-AM) disse que teria vontade de enforcar a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Depois disse que não se arrependia do que tinha dito… Outro problema na classe política é o deputado Gustavo Gayer (PL-GO) por fala machista contra a ministra Gleise Hoffman. O PT acionou o Conselho de Ética da Câmara.
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Problemas neste sentido, não acontecem apenas na Política. No futebol, a discriminação corre solta. Depois do racismo contra o jogador de futebol, Luigi, do Palmeiras, houve uma sugestão de os times brasileiros não participarem da Libertadores este ano, por conta da branda punição ao Cerro Portenho, pois em seu estádio aconteceu o crime contra o jogador brasileiro. Diante dos fatos, o presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) Alejandro Dominguez, disse que “Libertadores sem o Brasil seria como o Tarzan sem Chita”. Aí, o caldo entornou, ele sentiu o golpe e ele correu pra pedir desculpas.., Tudo isso é coisa de quem não pensa para falar. Se é que pensa!!!(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
NELSON MANZATTO
É jornalista desde 1976, escritor, membro da Academia Jundiaiense de Letras, desde 2002, tendo cinco livros publicados. Destaca-se entre eles, “Surfistas Ferroviários ou a história de Luzinete”, um romance policial premiado em concurso realizado pela Prefeitura de Jundiaí. Outro destaque é “Momentos”, com crônicas ligadas à infância do autor.
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