A jovem “ativista ambiental” sueca Greta Thunberg(foto) parece estar um pouco afastada dos holofotes ultimamente…se voltará com mais ímpeto ou se surgirá uma nova persona em breve, ninguém sabe. Como ninguém também sabe realmente sobre ela e o tal “globalismo”. O que está perfeitamente visível é a paranoia mundial, como se tivéssemos mergulhado numa nova fase da “guerra fria”… que mais adequado seria chamarmos de “guerra do aquecimento global”.
Vamos seguir a ordem do título deste artigo. Primeiramente, Greta. Autismo e Síndrome de Asperger caracterizam a pessoa como “especial”. Greta aí se enquadra. Os transtornos do espectro autista são complexos, dividem-se em vários graus, limitando ou expandindo a comunicação, a percepção e inclusive a rapidez de aprendizado. E é justamente no aprendizado que estas pessoas especiais podem ser visadas para determinadas funções, tanto num ambiente profissional comum como, digamos, incomum. Nos bastidores. Diria, “a serviço de algo ou alguém sem que ninguém saiba”. Entram aí também os chamados “superdotados”. Crianças superdotadas, com ou sem distúrbios. Greta não foi a primeira nem será a última. Há muito tempo que estas crianças especiais, em todo o mundo, em países de todo tipo de domínio político, seja esquerda ou direita, são observadas e muitas encaminhadas a determinadas instruções. Isto porque na maioria destes casos especiais, a criança traz em sua essência foco e domínio para uma área específica. Para algumas são os números. Cálculos. Matemática. Outras, mapas. Outras, música. Para Greta, animais. Meio ambiente. A questão agora é: como estas crianças e adolescentes, vão sendo instruídos no decorrer de suas vidas. Muito se falou no “discurso pronto” da jovem sueca. Mas ninguém sabe de sua história. Como chegou até a esse “discurso pronto”, que é tão comum neste mundo conectado pela internet, onde tudo é velocidade, rápido… que é inclusive o mundo destas pessoas especiais. A rapidez.
Lá na época do Orkut, lembro-me de um jovem assim especial, que militava politicamente para um partido numa determinada cidade. Escrevia muito bem. Inteligente. Ninguém desconfiava que era uma pessoa especial. Sim, depende muito do grau do Asperger. E é nesse ponto que as raposas políticas se atentam, para qual área aquela pessoa especial poderá servir aos seus intentos políticos. Caros leitores, isto sempre existiu! Muito antes da “paranoia globalista”. Pessoas especiais sempre foram recrutadas por grupos políticos, empresariais e… religiosos! Conheci alguns que memorizavam formidavelmente capítulos e capítulos bíblicos. Impressionam nos púlpitos. E dirá alguém que aquela pessoa especial está sendo usada para algum fim nocivo? Ora, está a serviço de Deus! Mesma coisa nas demais áreas. Ativismo ambiental? E meio ambiente não é uma causa nobre? Vamos então à segunda questão… globalismo.
Globalização e globalismo são coisas diferentes… mas possuem laços. Capital e social sempre existirão. Como sempre existirá direita, centro, esquerda, o bem e o mal, coisas inerentes do ser humano. E a eterna luta entre o bem e o mal, que sempre existiu desde que o mundo é mundo, continuará. Mas num estágio tecnológico onde ambos os lados atingiram um determinado grau de poder e tem as ferramentas de domínio nas mãos, passa a existir uma… digamos… “diplomacia”. Aproximação essa que acende o pavor na parcela crente nas tais teorias conspiratórias. Mesmo pavor que sentem com a palavra “ecumenismo”. Então pergunto; como querem manter um puritanismo ou isolamento num mundo totalmente conectado, onde todas as informações são acessíveis? Eis aí a paranoia. Os dois lados temem o ataque do “opositor”. E nessa obsessão na expectativa das “armações do inimigo”, a pessoa alienada não consegue refletir que o mundo conectado é um caminho sem volta. As armas estão nas mãos de todos, exatamente todos. Inclusive para a destruição de tudo. E para que isto não aconteça, o caminho é a aproximação dos poderes, que por sinal, não tem nenhum santo aí. Todo poder estabelecido neste planeta não é do bem. O bem está espalhado, agindo sutilmente como moderador dentro de ambos os lados que travam esta guerra de poder. O bem não se revela, age no silêncio. Todos estes que tanto se demonstram na mídia, nos canais e redes sociais dizendo “sou pessoa de bem”, são apenas atores. Porque estão se expondo. Quem realmente trabalha pelo bem, faz no anonimato. Age sem ninguém perceber, porque se constitui instrumento de mudança dentro do sistema, do caos do jogo de poder – sempre ressaltando, todos eles. Direita, centro, esquerda e religiões. O globalismo é um dos braços, ou tentáculos desse monstro de poder. E esse braço tem sua função… também útil aos demais tentáculos. Portanto… a guerra que a militância faz, contra e a favor, é apenas parte do jogo de interesse desse monstro. Interesses que não sabemos, ninguém sabe; o que se veicula na rede mundial são especulações e “estudos”, feitos por pesquisadores, teólogos, filósofos, pseudofilósofos…
Enquanto temos uma elite de intelectuais, cientistas e governantes com todo o poder nas mãos, temos bilhões de leigos, que se dividem, se sujeitam, defendem e dão a vida por estes que tem o poder… afinal, o poder exerce fascínio sobre todos. E esta legião leiga tem hoje esta poderosa ferramenta nas mãos, a internet. Antes dela, desconhecíamos o “uso” das pessoas especiais para fins obscuros, aliás, poucos sabiam e evitavam tocar no assunto. A diferença é que esta legião, até mesmo os que viraram “influencers”, “youtubers”, não sabe usar da forma adequada esta ferramenta. Usam a favor do que os grupos de poder querem… e outros pensam estar usando como combate a um desses grupos. Quanto mais declaram guerra a um inimigo, mais o inimigo passa a conhecer as armas que o adversário possui.
Greta, como tantos milhões, bilhões, não sabe o que há nos bastidores do poder. No entanto, a causa é nobre. Assim como milhões, bilhões, estão em milhares de igrejas, religiões, por uma causa nobre, a caridade, o servir, atender os pobres, necessitados, acamados e levar uma palavra sagrada. Mas no comando dessas tantas religiões pode estar um lobo em pele de cordeiro. Que se diverte quando essa legião, essa massa humana dividida, ataca um mero membro ativo de sua igreja que se destacou numa atividade, numa causa. Aqui cito como exemplo, o que provocou o ativismo de Greta. Mais divisões. Aqueles que afirmam que é mais uma “atriz” usada pelo “globalismo esquerdista” para a “farsa do aquecimento global” e do outro lado uma militância cega, que vê no meio ambiente uma “coisa bacaninha”, mera moda, e uma pequena parcela que realmente sabe o que é o meio ambiente… inclusive, sabe que estamos sujeitos a ele mesmo com toda a tecnologia usada para interferir nele (se quiserem incluir aí o projeto HAARP, incluam, real ou não, em atividade ou não, as consequências finais não estão nas mãos humanas e sim do planeta). Por mais que o ser humano adquira controle sobre o clima, o meio natural muda o que o homem mudou. Quanto mais cientistas pesquisam, mexem, na tentativa de descobrir os segredos da espécie humana, da vida e da morte, novos desafios são lançados a eles.
Estas pessoas especiais usadas há tanto tempo na disputa dos jogos de poder não são suficientemente conhecidas, mesmo com o tanto que se tem falado nelas. Tanto se falou do comportamento de Greta em seu ativismo “bruto”. Estudiosos do espectro autista, das feições faciais aproveitaram o momento para ensinar os leigos em vídeos no You Tube (assisti alguns) sobre os graus do autismo e Asperger. Já outros foram na contramão, usando expressões como “pirralha”. Para estes, não seria pirralha se tivesse sido usada por alguma seita religiosa ou pelo grupo político do tal que chamou de pirralha, não é? Mas como citei acima, seu ativismo dividiu mais as massas. Um colega meu, antiglobalismo, entendeu como válido o ativismo dela. O que concordo de certa forma, porque meio ambiente está acima de ideologias. Não é propriedade de esquerda, de globalismo, nem nunca foi propriedade da direita, que por sinal, não se vê grupos de direita buscando soluções para o controle da poluição do ar, dos rios, do desmatamento. Da mesma forma, não dá para levar a sério o empenho pela causa ambiental vindo de uma ideologia que dominou vários países orientais (e ainda domina), que poluem ar, rios e desmatam. Façam o que eu digo mas não façam o que eu faço?
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Em suma, nenhuma certeza se tem sobre o que é de fato o globalismo. Como ainda não sabemos o “mecanismo” do meio ambiente e os mistérios da mente humana, seus distúrbios, o espectro autista, as limitações da comunicação, da inteligência e até onde os superdotados conseguem chegar. Muito se falou em Greta… muitas palavras em vão, que não se aproveitaram para entendermos mais sobre estes especiais… e muito menos conseguiremos criar a devida consciência ambiental, enquanto predominarem as ideias distorcidas associando a causa nobre ao domínio de uma “conspiração”. Não é necessário que o ser humano fique obcecado na busca da “pedra filosofal”. Nunca teremos todas as respostas. Mas é preciso ter os olhos bem abertos nesta realidade que mergulhamos, do mundo totalmente conectado, onde tudo se fala, se escreve, se prega, se doutrina. Para não afogarmos nas águas da paranoia mundial.(Foto: redes sociais)
GEORGE ANDRÉ SAVY
Técnico em Administração e Meio Ambiente, escritor, articulista e palestrante. Desenvolve atividades literárias e exposições sobre transporte coletivo, área que pesquisa desde o final da década de 70.
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