Há seis anos, o Grupo Força Jovem – formado por mais de 160 voluntários entre 17 e 23 anos – está transformando solidariedade em obrigação. É assim que uma das integrantes, Gabriela Pupo Maia(foto ao lado), 21 anos, define o trabalho que vem sendo realizado em Jundiaí, Várzea, Campo Limpo Paulista, Vinhedo, Itatiba, Valinhos, Campinas e até no Ceará. Gabriela, estudante de Engenharia de Produção na Facamp, afirma que do ano passado até agora mais de mil cestas básicas já foram distribuídas. Leia a entrevista com Gabriela, do Grupo Força Jovem:
Como surgiu a ideia de criar este grupo?
Meus pais sempre incentivaram e prezaram pela ajuda ao próximo. Eles levavam meu irmão e eu a lugares mais necessitados para prestarmos algum tipo de auxílio. Então, cresci nesse meio e meus amigos de escola começaram a ver e se interessar. Passaram a ir com a gente, principalmente quando visitávamos um lar de caridade que fazíamos uma festança para os idosos. Dessa forma, juntamos um grupo mais ou menos fixo de amigos que sempre ia nas ações e a partir disso, decidimos colocar um nome. Portanto, não tínhamos uma intenção de criar o grupo. Ele surgiu naturalmente, afinal para gente a solidariedade é uma obrigação de cada cidadão.
Quantos jovens fazem parte dele?
Atualmente, o grupo consta com 163 voluntários gerais. Porém são divididos em atuantes(aqueles que vão nas ações, estão ativos e presentes), e o de divulgação, que apenas divulgam nossas ações e campanhas. Nossos voluntários têm diferentes perfis, desde a cidade onde mora até gênero. A maioria tem entre 17 a 23 anos. Grande parte deles conhece nosso trabalho pelo Instagram (@grupoforcajovem__) ou através de amigos de voluntários atuantes.
Quais as ações que realizam? Quem vocês ajudam?
Nosso grupo não tem uma limitação nas ações. Buscamos o tópico um da ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no Brasil). Ou seja: a erradicação da pobreza. Então, auxiliamos qualquer pessoa em situação de vulnerabilidade em sua real necessidade, buscando meios para que ela seja capaz de se sustentar. Trabalhamos com diversos tipos de ações. Além de auxiliarmos com necessidades básicas e emergenciais, como alimento e comida, realizamos diferentes projetos, como auxílio na construção de casa populares em comunidades, inserção no mercado de trabalho, projetos em datas comemorativas (Dia das Crianças, Natal), ações com pessoas em situação de rua, festas em lares de caridade e instituições de crianças. Temos também projetos educacionais. Junto com a Microlins estamos aplicando nosso segundo curso para 11 jovens de 17 anos de comunidades da região (Jundiaí, Campo Limpo, Várzea). Também, estamos construindo uma casa em Campinas, na comunidade Campo Belo, para uma senhora que cuida de 130 crianças.
Quantas ações já fizeram? Tem ideia de quantas pessoas já foram beneficiadas?
Justamente pela amplitude dos nossos auxílios, são incontáveis o número de ações ou pessoas beneficiadas. Porém em 2020 e 2021, só de cesta básicas foram mais de mil.
Atuam em Jundiaí e região?
Sim, atuamos frequentemente em Jundiaí, Campinas, Campo Limpo Paulista, Várzea Paulista e Vinhedo. Porém, já atuamos em Pirituba, Itatiba, Valinhos, entregamos via aplicativos cestas básicas no Ceará.
No Facebook de vocês está sendo divulgada ação para para o Dia das Crianças. Como e onde será?
Estamos arrecadando 200 brinquedos novos, para idades dentre 5 a 17 anos, que serão entregues para as crianças do São Camilo em Jundiaí e Lar da Dona Vita, em Campinas. Realizaremos duas comemorações em outubro, celebrando o Dia das Crianças e contamos com ajuda de todos. As crianças esperam o ano todo por esse evento.
Mais alguma está no calendário de vocês para este ano?
Em relação a auxílio, nosso calendário é muito instável, por surgirem necessidades emergenciais. Porém, em relação a ações fazemos mensalmente ação com pessoas em situação de rua em Jundiaí e Campinas e a festa de aniversariantes do mês com as crianças da comunidade de Campo Belo. Especificamente em outubro faremos essas duas festas de Dia das Crianças e em dezembro, no Natal, teremos nossas comemorações também.
Contam com apoio de empresas, igrejas, poder público?
Somos um grupo apartidário e sem religião. Mas não temos nenhum tipo de preconceito em relação às doações. Então aceitamos todo tipo de ajuda que venha do coração, independentemente de qualquer escolha pessoal. Já tivemos doação de cestas básicas e roupas de igrejas católicas, evangélicas, centros espiritas, que auxiliaram muitas pessoas. Em relação às empresas, temos algumas parceiras que auxiliam com insumos ou assumem alguma das contas que precisamos pagar, como a Parmeggio, Microlins, BJP(Iotti), Viveiro Caxambu, JML, Kiosque Roseira, SoloJet, Cozinha 3e7, PepTech, entre outras que auxiliam esporadicamente. Acho importante ressaltar que o Força Jovem não pede dinheiro. Nós corremos atrás atrás para consegui-lo. Com a pandemia, nossa demanda por ajuda triplicou e consequentemente os gastos também. Hoje além das nossas ações temos gastos mensais com a construção da casa (como pedreiro, os materiais para obra) e as contas que pagamos do Lar da Dona Vita (água, luz, energia, gás, os pães). Para isso, temos diversos projetos de arrecadação de verba, o maior deles é a venda de pizza, em que nós mesmos fazemos. Também temos o nosso brechó beneficente e esporadicamente, quando muito necessário, realizamos rifas e bingos.
Como pode fazer quem quiser colaborar com vocês?
Podem entrar em contato com pelas nossas redes sociais: Instagram: @grupoforcajovem__ e Facebook: Grupo Força Jovem, pelo e-mail grupoforcajovemjundiai@gmail.com ou pelo WhatsApp (11) 98687-4315, da Adriana Pupo Maia, a idealizadora do projeto.
Como deve proceder quem quiser fazer parte do Grupo Força Jovem?
Podem entrar em contato com pelas nossas redes sociais ou pelo WhatsApp no número (11) 99469-5582 da Beatriz Cruz, nossa coordenadora de voluntários.
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