Ninguém aguenta mais tanta notícia de mortes. Quando a guerra começou, os analistas políticos e militares garantiam que ela seria breve. A tecnologia militar avançou muito, o que garante que o inimigo será dizimado rapidamente – e não existe outra saída para o perdedor se não se curvar e pedir um armistício. O mundo prende a respiração quando o presidente dos Estados Unidos divulga o seu plano de paz. Inicialmente, ele é aceito pelos adversários que também estão exauridos. “A paz está próxima”, proclama o presidente americano aos quatro cantos do mundo. Embaixadores marcam reuniões preliminares como uma contribuição para a aceleração do final da guerra sangrenta.
Os rastros da destruição estão espalhados por todos os lados. As fotos divulgadas mundialmente mostram um grau de destruição de cidades como nunca visto na história da humanidade. Os escombros se espalham e não se sabe onde está a rua, a praça, a escola e o hospital. A estratégia é destruir tudo o que o inimigo pode utilizar na guerra, e o resto não interessa. Vencer ou vencer. As mortes de civis se acumulam nas escolas, nos hospitais e porões das casas. Canhões de grande alcance, tanques de guerra usados para esmagar literalmente o soldado inimigo e outros instrumentos de aniquilação sob a desculpa que guerra é guerra – se você não matar, morre! É o cinismo da destruição e da vitória a qualquer custo. A guerra vale a pena??? Os belicistas dizem que é a única saída com honra.
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A esperança é o presidente americano. Manda imprimir e espalhar nos campos de batalhas um folheto que ele chama de os “14 Pontos”. Os adversários ridicularizam o americano dizendo que para organizar o mundo Deus precisou de apenas 10 pontos. Mas o presidente americano não desiste. E, para surpresa geral, mesmo não sofrendo uma derrota militar decisiva, o Kaiser aceita uma negociação de paz e assina um armistício. O presidente democrata Woodrow Wilson transfere a capital dos Estados Unidos para a Europa e participa diretamente da redação do Tratado de Versalhes. Diz para o mundo que essa é uma “guerra para acabar com todas as guerras” e que nunca mais o mundo vai viver uma catástrofe como a experimentada entre 1914 a 1928. É dele a proposta da criação de uma entidade mundial onde todos os países se reuniriam para resolver as divergências em lugar de em um campo de batalhas. A Liga das Nações. Wilson recebe o prêmio Nobel da Paz em 1920.

HERÓDOTO BARBEIRO
Heródoto Barbeiro é jornalista do Record News, R7 e Nova Brasil (89.7), além de autor de vários livros de sucesso, tanto destinados ao ensino de História, como para as áreas de jornalismo, mídia training e budismo. Apresentou o Roda Viva da TV Cultura e o Jornal da CBN. Mestre em História pela USP e inscrito na OAB. Acompanhe-o por seu canal no YouTube “Por dentro da Máquina”
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