Guerras sem bombas e a IA

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Vivemos tempos tensos. Guerras ao redor do mundo aumentam, e em alguns casos, ameaçam escalar a qualquer momento. E diferentemente de outras épocas, hoje tudo é registrado. Vemos ataques e defesas acontecendo quase em tempo real. Imagens que até pouco tempo atrás ficavam restritas a relatórios militares agora aparecem nas redes sociais em questão de minutos.

Além das imagens, chama atenção o uso massivo de tecnologia. Os drones, por exemplo, deixaram de ser algo futurista. Estão em operação constante, seja para vigilância, ataque ou defesa. Em muitos casos, já substituem soldados. O campo de batalha está mais técnico, mais silencioso e, ao mesmo tempo, mais cruel.

Este texto não é sobre quem está certo ou errado. Nem sobre as motivações políticas, religiosas ou territoriais. É apenas um convite à reflexão. Estamos entrando em uma nova era. E não dá pra ignorar o papel que a Inteligência Artificial terá nisso tudo.

Toda tecnologia carrega essa dualidade. Pode ser usada para ajudar ou para destruir. Pode salvar vidas ou causar estragos irreversíveis. Em um hospital, um robô guiado por IA pode operar com mais precisão que um cirurgião. Em uma zona de guerra, esse mesmo nível de precisão pode ser usado para neutralizar alvos humanos com eficiência assustadora.

É possível argumentar que, em alguns casos, causar um dano pode ser uma forma de proteger. Como alguém que atira para defender outra vida. Mas a questão que se coloca agora é muito maior. Imagine um cenário em que decisões de ataque e defesa sejam tomadas por máquinas. Algoritmos analisando riscos, padrões e alvos em milésimos de segundo. Robôs nas guerras, sem emoção, sem hesitação, executando comandos com base em cálculos.

Essa possibilidade não está tão distante. E ela muda completamente o que entendemos como guerra. Não se trata mais só de armamento ou estratégia militar. Trata-se de quem vai dominar as ferramentas que decidem tudo isso. Por isso, a corrida por inteligência artificial não é apenas comercial. É bélica. E em última instância, existencial.

O futuro das guerras não será feito apenas de tanques, soldados e explosões. Já está sendo moldado por linhas de código, sistemas autônomos e modelos treinados com milhões de dados. E a pergunta que fica é: estamos preparados para lidar com esse novo tipo de ameaça?

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Discutir IA não é só sobre produtividade, inovação ou mercado. É também sobre sobrevivência. A tecnologia que hoje usamos para vender, criar e facilitar a vida pode ser a mesma que amanhã define como um conflito começa, se espalha e termina.

Não é ficção. É só uma questão de tempo. E ignorar isso pode ser um erro caro demais.(Foto: cena do filme ‘Eu, Robô’)

ELTON MONTEIRO

É empreendedor, mentor, investidor e especialista em IA. Mais de 20 anos experiência em tecnologia e inovação.

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