Hamas: Quézia mantém discurso. Taha pede estudo e respeito

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Durante a sessão da Câmara Municipal de Jundiaí desta terça-feira(17), a vereadora Quézia de Lucca(PL) falou sobre o pronunciamento que fez ligando o PT e a esquerda ao Hamas. E não voltou atrás. Na sessão do último dia 10, a parlamentar disse que “é essencial lembrar e abordar as ligações entre o Hamas e determinados grupos políticos como o PT. Até hoje, este partido mantém ligações estreitas com este grupo. É preciso deixar claro que os terroristas comemoraram os resultados das eleições de 2022. Nunca foi tão fácil estar do lado da fé e da verdade. A esquerda está do lado dos terroristas e nós estamos do lado de Deus e do povo de Israel”. No dia seguinte, a secretária Nacional de Mobilização do PT e vice-presidente do partido em Jundiaí, Mariana Janeiro, divulgou vídeo nas redes sociais informando que medidas legais serão tomadas contra a vereadora. Representantes de partidos de outros partidos de esquerda consideraram a fala como ‘lamentável’ e se disseram solidários ao PT. Ainda sobre o tema, o vereador Faouaz Taha(PSDB), que é muçulmano criticou as fake news sobre os conflitos na Faixa de Gaza, pediu respeito às vítimas e familiares. “Todo mundo agora virou especialista em guerra. Vão estudar este problema que já tem sete décadas”, afirmou ele.

VEJA AQUI O VÍDEO GRAVADO PELA VICE-PRESIDENTE DO PT DE JUNDIAÍ

PARTIDOS DE ESQUERDA CONSIDERAM FALA DE QUÉZIA COMO ‘LAMENTÁVEL’

“Eu tenho plena consciência que nem todos os palestinos fazem parte do Hamas. A minoria que está neste grupo é terrorista sim. E ao realizar estes ataques, colocam a vida de inocentes em risco. O PT levou nove dias para elaborar uma resolução. Nela, os ataques foram condenados, mas não chamou o Hamas terrorista. O Partido dos Trabalhadores também disse que o Estado de Israel comete genocídio na região. O que falei na sessão passada é que em 2021, diversas entidades ligadas à esquerda como o MST e a CUT e partidos como o PSOL e o PT, assinaram um documento pró-Hamas. Naquele ano, o governo da Inglaterra considerou o Hamas como organização terrorista. Estes partidos e organizações brasileiros fizeram um manifesto de repúdio contra a decisão do governo inglês. É disto que falei na semana passada. O presidente Lula chamou os ataques de terroristas. Mas não chamou o Hamas de grupo terrorista. Em 2022, o líder do grupo Hamas parabenizou Lula por ter vencido a eleição presidencial, algo que não aconteceu na eleição do ex-presidente Jair Bolsonaro. Eu não li nota de repúdio quando fui às redes sociais denunciar que estava sendo ameaçada por um radical esquerdista, o que gerou uma investigação policial. A esquerda, que defende tanto as mulheres, os homossexuais, tanto a vida, mas são favoráveis ao aborto, não fez nenhuma nota de repúdio me apoiando como sendo a única mulher desta Casa. Vários vereadores fizeram falas parecidas como a minha e não foram alvos de notas de repúdio. É mais fácil vir aqui e enfrentar uma mulher. Só que esta mulher tem brio e sabe o que está falando. A minha família é árabe. Meus bisavós eram libaneses. Meu pai era italiano. Não sou preconceituosa e vou continuar buscando e lutando pelos meus valores cristãos. Luto pela vida, Deus, pátria, família e liberdade”, disse ela.

Taha – Aparentando estar bastante contrariado, o vereador Taha falou logo depois de Quézia. “Queria pedir respeito a todas as pessoas que morreram nesta guerra. Aliás, não é guerra já que existe o Estado de Israel e não existe o Estado da Palestina. É um genocídio, é uma chacina contra o povo palestino. E isto não é de agora. Fizeram um recorte dos últimos 10 dias e estão postando nas redes sociais e publicando na imprensa como se fosse algo novo. Quem conhece a história sabe que isto tem mais de sete décadas. Não vi ninguém aqui pedindo minuto de silêncio pelas quase mil crianças palestinas achadas mortas. Queria muito não dividíssemos esta discussão em direita e esquerda, o que é um desrespeito desta Casa. Isto é um absurdo. Peço respeito a todos os vereadores. Vamos estudar pessoal. Chega de falar atrocidades. Um pastor veio aqui na tribuna livre e disse que 40 bebês israelenses foram degolados. A ONU disse que isto é fake news. Ele veio aqui e com toda propriedade do mundo falou sobre as crianças degoladas. Não teve isto. Chega de fakes. Todo mundo agora é especialista em guerra. Procurem estudar a História. A formação do Estado de Israel foi à base de sangue e morte. Vão estudar. E respeitem as vítimas e suas famílias”

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