Herpes-zóster: O que é, como se prevenir e quando ir ao médico?

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Popularmente conhecido como cobreiro, o herpes-zóster é uma doença infecciosa que costuma causar lesões dolorosas na pele. O que muita gente não sabe é que essa condição está diretamente relacionada à catapora, uma doença bastante comum na infância. Ambas são provocadas pelo mesmo agente: o vírus varicela-zóster.

“Depois que a catapora é curada, o vírus não desaparece do corpo. Ele se mantém em estado latente, escondido nos gânglios dorsais, que são estruturas nervosas localizadas ao longo da coluna vertebral”, explica a médica infectologista do Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV), Maria José Kassab Carvalho(foto abaixo).

Esse estado de dormência pode durar anos ou até a vida inteira, sem manifestar nenhum sintoma. No entanto, em determinadas situações, como queda da imunidade, estresse físico ou emocional, uso de medicamentos imunossupressores ou o processo natural de envelhecimento, o vírus pode ser reativado. Quando isso acontece, ele percorre os nervos até a pele, provocando o aparecimento das lesões típicas do herpes-zóster, geralmente em forma de faixa ou cordão, acompanhadas de dor intensa, formigamento e coceira.

Sintomas: quando acender o alerta? Quando o vírus é reativado, surgem lesões avermelhadas que lembram um “cacho de uva”. Essas bolhas aparecem com mais frequência no tórax, rosto ou pescoço, e costumam vir acompanhadas de muita dor, ardência, pontadas ou até sensação de choque, sinais típicos do herpes-zóster. Em alguns casos, a dor persiste mesmo após a cicatrização das feridas. “Essa complicação é chamada de neuralgia pós-herpética”, explica a médica. Segundo ela, ao se romperem, as lesões liberam um líquido claro e, depois, formam crostas que também podem ser dolorosas e causar queimação.

Por que o vírus volta? De acordo com a Maria José, o principal motivo da reativação é a queda na imunidade. “Envelhecer, passar por períodos de estresse intenso ou fazer uso de medicamentos que enfraquecem o sistema imunológico são os fatores mais comuns. A partir dos 50 anos, o risco aumenta bastante justamente por causa da diminuição natural da resposta imune”, alerta.

Existe tratamento? Sim, e o ideal é começar o quanto antes. Há medicamentos antivirais específicos que ajudam a controlar os sintomas e evitar complicações. Mas é importante iniciar o tratamento até 72 horas após o surgimento dos primeiros sinais.

“Quando tratamos logo no início, conseguimos reduzir a dor e o desconforto e impedir a progressão da doença”, explica a médica. Em pessoas com o sistema imunológico muito comprometido, como pacientes imunossuprimidos ou com HIV sem tratamento, as lesões podem ser mais graves e até atingir os olhos ou o sistema nervoso central.

Herpes-zóster pega? O herpes-zóster não é contagioso entre pessoas que já tiveram catapora e mantêm o vírus inativo no corpo. Mas, em casos de contato direto com as lesões ativas, pode haver risco de transmissão para quem nunca teve catapora, especialmente crianças pequenas.

A principal forma de prevenção contra o herpes-zóster é a vacinação, recomendada especialmente para pessoas com 50 anos ou mais. Além disso, hábitos saudáveis, como manter uma alimentação equilibrada, dormir bem e controlar o estresse, contribuem para o fortalecimento do sistema imunológico e reduzem as chances de reativação do vírus.(Foto principal: Gemini)

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