A décima geração do Honda Civic, lançada em 2016, chegou com a missão de trazer de volta os bons momentos vividos pelo modelo 10 anos antes. Em 2006, o Brasil recebeu a chamada geração New Civic. Foi um sucesso. Agora, a carroceria com formas musculosas, aliada às boas opções de motorização e ao acabamento de primeira, torna o sedã da Honda uma excelente opção para quem busca um sedã japonês com visual e comportamento esportivo.
O modelo, que logo no lançamento deu esperanças à Honda de conquistar a liderança do conservador Toyota Corolla, que há tempos domina o segmento. No ano passado, segundo levantamento da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), que considera o número de veículos emplacados no País, o Corolla liderou as vendas, com 66.188 unidades, o que correspondeu a 43,08% dos modelos comercializados no segmento dos sedãs médios. O Civic ficou em segundo lugar com 25.971 unidades, ou 16,84%.
Diferenças à parte, ambos os modelos oferecem muito aos seus consumidores, tanto que as duas marcas são reconhecidas pela fidelidade dos seus clientes.
Mas voltando ao Civic, o AutoMotori avaliou durante uma semana a versão intermediária EXL do sedã, equipada com o confiável motor 2.0 litros, Flex One, aspirada,com 155 cv, quando abastecido com etanol. Completa o conjunto o câmbio CVT, continuamente variável, que conta com 7 marchas simuladas.
O desempenho do motor 2.0 não chega a empolgar, mas não decepciona.Mesmo sendo menos econômico e esperto que o 1.5 turbo, que equipa a versão Touring, topo de linha, o conjunto é bem equilibrado.
A linha 2018 ganhou novidades, principalmente nas versões de entrada Sport e EX, com a nova central multimídia com tela de 7 polegadas e conectividade com smartphones por meio do Android Auto e do Apple CarPlay. A principal alteração no EXL, que perdeu o GPS e ganhou em conectividade,se concentrou apenas na instalação dos sensores de estacionamento dianteiros e traseiros.
Ao volante o sedã se mostrou confortável ao rodar no trânsito urbano e gostoso de dirigir na estrada, com boas respostas do motor, que está bem afinado com a transmissão continuamente variável, que permite trocas através das borboletas atrás do volante. O Civic traz também uma tecla batizada de Econ, que faz as trocas de marcas em baixas rotações, reduzindo o consumo. Aliás, apesar do motor 2 litros, o sedã se mostrou bastante econômico para o seu porte, com médias de 10 km/l, uma marca que surpreendeu.
A suspensão, menos macia que a do rival Corolla,é confortável e privilegia a esportividade, mantendo a carroceria firme nas curvas, evitando que ela se incline demasiadamente, mesmo nas curvas mais apertadas.
Com relação à segurança ativa, o Civic se destaca oferecendo freios a disco nas quatro rodas e controles eletrônicos de tração e estabilidade. O modelo conta com assistente de saída de rampa e freio de estacionamento com acionamento elétrico. Uma tecla, localizada logo acima da do freio de mão, faz com que o freio de estacionamento seja temporariamente ativado tanto em aclives quanto em declives. Assim que o motorista acelera o carro para sair, ele desativa automaticamente. Um mimo que garante um conforto extra.
O modelo traz seis airbags (frontais, laterais e de cortina) e isofix para fixação de cadeirinhas. Graças ao entre-eixos de 2,70m, a cabine é ampla, com bom espaço para as pernas e ombros dos ocupantes.
Em resumo, um belo sedã que marca presença por onde passa e para quem tem mais de 100 mil reais disponíveis para investir num automóvel. (©2018 Joaquim Rimoli | AutoMotori)
Ficha técnica
Motor: Dianteiro, transversal: 4 cil. emlinha, 16V, comando duplo, flex, 1.997 cm³
Potência: 155cv (E)/ 150 (G) cv a 6.300 rpm
Torque: 19,5 (E)/ 19,3 (G) kgfm a 4.800/4.700 rpm
Câmbio: Automático CVT, 7 marchas
Direção: Elétrica
Suspensão: Independente McPherson na dianteira e multilink na traseira
Freios: Discos ventilados dianteira e sólidos na traseira
Rodas e pneus: 215/50 R17
Comprimento: 4,63 m
Largura: 1,80 m
Altura: 1,43 m
Entre-eixos: 2,70 m
Tanque: 56 litros
Peso: 1.291 kg
Porta-malas: 519 litros
Preço: R$ 106.200
Filmes mostram a evolução da Honda
Esta semana escolhemos dois filmes institucionais produzidos para a Honda que mostram a evolução dos produtos da marca, fundada em 1948, no Japão, por Soichiro Honda.Empreendedor e visionário, Soichiro, que morreu em 1991, é dono de várias frases que marcaram a história da marca e que até hoje servem de inspiração para a empresa.
Uma das mais emblemáticas, que se transformou no slogan mundial da Honda é o“Poder dos Sonhos”. Segundo a empresa, o slogan não é apenas o poder de imaginar um futuro melhor, mas o de agir para criá-lo. A filosofia que Soichiro Honda estabeleceu na década de 40, quando fundou a Honda Motor Co. Ltd, se mantém viva em todas as unidades da empresa no mundo.
Para quem não sabe, além das motocicletas e dos automóveis, a Honda também se destaca na produção e produtos de força, como geradores portáteis, equipamentos de jardinagem, motores de popa para barcos e até aviões a jato! Ela é uma das pioneiras no mundo quando se trata de pesquisa de novas tecnologias, e investe pesado em novos motores híbridos e elétricos. Mas não pense que ela para por aí, não… A empresa estuda formas de melhorar a qualidade de vida de pessoas com limitações de movimento e até desenvolveu um dos primeiros robôs bípedes do mundo, o Asimo, que caminha equilibrado como os seres humanos. Os dois filmes que separamos, abusam da criatividade e fazem sonhar. Divirta-se!! (©2018 Joaquim Rimoli | AutoMotori)
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