IA não está roubando empregos. Ela está revelando perfis

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Sempre que uma nova tecnologia surge, o medo se repete: “ela vai roubar nossos empregos”. Com a inteligência artificial, não foi diferente. O discurso se espalhou rápido, mas talvez esteja focado no ponto errado. A IA não está eliminando pessoas, está escancarando perfis profissionais que já estavam em risco há muito tempo.

O avanço da automação deixa evidente algo incômodo para o mercado: funções puramente operacionais, repetitivas e baseadas apenas em execução tendem a perder espaço. Não porque a tecnologia seja cruel, mas porque ela faz esse tipo de tarefa de forma mais rápida, barata e consistente.

Isso não significa que o trabalho humano esteja sendo descartado. Pelo contrário. O que muda é o tipo de profissional que passa a ser valorizado. A IA expõe quem se acomoda em fazer apenas o básico, cumprir tarefas sem questionar processos ou buscar novas formas de entregar valor. Profissionais que “chegam, fazem o mínimo e vão embora quando dá a hora” ficam cada vez mais vulneráveis em um mercado que exige pensamento crítico e iniciativa.

Ao mesmo tempo, cresce a demanda por pessoas analíticas, capazes de interpretar dados, conectar informações e tomar decisões estratégicas. Profissionais com visão 360º do negócio, que entendem como as áreas se relacionam e conseguem enxergar além do óbvio, tornam-se essenciais. A tecnologia executa. O ser humano interpreta, questiona e direciona.

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A inteligência artificial não substitui a capacidade de pensar estrategicamente, de inovar ou de liderar mudanças. Ela amplia essas competências para quem está disposto a desenvolvê-las. O mercado não está pedindo menos pessoas. Está pedindo pessoas melhores preparadas, mais curiosas, mais críticas e menos acomodadas.

No fim das contas, a IA não está tirando o trabalho de ninguém. Ela apenas deixa claro quem está evoluindo com o mercado e quem insiste em permanecer parado em um mundo que não para de se transformar.

MARIO TAKAMI

Executivo sênior com mais de 10 anos de experiência em Business & Data Analytics, transformação digital e otimização de operações empresariais. Fundador e CEO da IN10, destaca-se como agente de inovação no uso estratégico de dados para acelerar a tomada de decisões e maximizar a eficiência dos negócios. Com uma abordagem prática e orientada a resultados, ajuda empresas a reduzir custos e transformar dados brutos em insights acionáveis, eliminando processos complexos e demorados.

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