Aberta a caça aos IMIGRANTES

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Há uma sensação geral de insegurança. O noticiário incendeia a mente das pessoas que vivem na clandestinidade. São imigrantes porque não tinham condições de viver no seu país de origem e há atrativos em outro país. Melhores salários, liberdade para escolher onde trabalhar, poder colocar os filhos em escolas públicas, usar o serviço público de saúde e aposentadoria melhor. Os fatores de atração para os migrantes são fortes. Mas há também os motivos em seus países de origem que empurram milhares de pessoas a abandonarem a sua terra e buscar apoio em outro lugar. Há riscos – e passar a fronteira furtivamente é um deles. Não falar o idioma do país onde pretende se estabelecer é outro. Contudo, para homens, mulheres e crianças vale a pena correr o risco.

Há falta de mão de obra. Há déficits de nascimentos. A juventude procura empregos melhores e com salários mais altos. Faltam trabalhadores jovens. A situação se agrava com a pandemia da Covid-19, a mobilização militar e a fuga dos opositores políticos para os países vizinhos. O país era, até pouco tempo, a nação que mais recebia imigrantes do mundo e era o sonho de muita gente. Buscar moradia, aprender a língua local, fugir da polícia de imigração ilegal são algumas habilidades necessárias para sobreviver como clandestino. A população local apenas tolera a presença dos imigrantes ilegais, mas não quer saber deles em sua comunidade.

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A reação dos pagadores de impostos contra os estrangeiros ilegais e acusados de serem criminosos é cortar o acesso à educação, à cobertura médica e ao sistema de aposentadoria. Com isso, diminui também a motivação para os migrantes se apresentarem para fazer os serviços considerados secundários, como o trabalho na construção civil, limpeza pública e outras atividades insalubres com salários mais baixos. A situação piora com o início da Guerra da Ucrânia. Pelo menos três milhões de russos saíram do país diante das perseguições de blogueiros de extrema direita racista. O último atentado terrorista contra uma casa de show em Moscou provoca um aumento da dificuldade de passar pela fronteira russa, especialmente se forem islâmicos. O presidente Vladimir Putin promulga uma lei que autoriza a expulsão dos estrangeiros sem julgamento se não tiverem documentação. Todos os estrangeiros têm que se submeter a exames que comprovem que têm um emprego e falam fluentemente russo. Caso contrário, rua! Quem não se regulamentar não poderá mais dirigir, ter conta bancária, dissolver casamento ou colocar os filhos em escolas públicas. Só falta Putin vestir um boné com a inscrição ‘Sdelat Rossiyu Snova Velikoy!'(Faça a Rússia grande de novo!). Foto: David Peinado/Pexels

HERÓDOTO BARBEIRO

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