O indicador de registros de inadimplentes teve queda 1% na comparação mensal de maio contra o mês anterior, de acordo com os dados da Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito). No resultado acumulado, a inadimplência obteve queda de 4,0%, enquanto na variação interanual (mesmo mês do ano anterior) o indicador cedeu 6,9%. A informação foi divulgada pela Associação Comercial e Empresarial de Jundiaí(ACE).
Segundo a Pesquisa Perfil do Consumidor, elaborada pela Boa Vista SCPC no decorrer do 1º semestre de 2018, com cerca de 1.700 pessoas em todo o país, o aumento do desemprego aparece como principal motivo da restrição do nome dos consumidores.
No 1º semestre de 2017, 32% alegaram que a falta de renda ocasionada pelo desemprego prejudicou o pagamento das contas e, consecutivamente, os levaram à inadimplência. Já no 1º semestre deste ano, foram 45%. O desemprego historicamente se mantém na liderança dos motivos que levam à inadimplência.
O descontrole financeiro ficou em segundo lugar dentre os motivos responsáveis pela restrição. Dos 20% de respondentes no 1º semestre de 2017, no mesmo período deste ano foram 18% os que informaram ter ficado com o ‘nome sujo’ por gastar mais do que ganha. O empréstimo do nome a terceiros veio logo em seguida, como o terceiro principal motivo da inadimplência. Eram 11% no 1º semestre de 2017 e na última pesquisa 18% informaram ter ficado com o nome negativado ao obter crédito para ajudar uma outra pessoa. Segundo o estudo, 86% das contas vencidas que causaram a restrição estão em atraso há mais de 90 dias.
O diretor da Associação Comercial Empresarial de Jundiaí (ACE Jundiaí), Pedro Braggio, diz que o principal motivo do descontrole financeiro entre a população brasileira é a falta de planejamento financeiro. “O brasileiro não foi educado para isso”, diz. “Às vezes as pessoas não têm noção do que está acontecendo. Paga uma conta, paga outra e fica a vida toda tentando sair deste círculo.”
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