Quem nunca andou numa perna de pau, não jogou queimada e desconhece a brincadeira do passa-anel? A maioria das crianças e adolescentes desta nova geração! Hoje é tudo – ou quase tudo – virtual: os bate papos, os jogos, e, quem diria, os namoros! Incrível como esse ‘bichinho’ da internet picou e contagiou os adultos também. Estes últimos, porém, ainda trocam o virtual pelo presencial, pois vivenciaram uma época sem igual e, além da liberdade de terem brincado com os coleguinhas, muitas delas desfrutaram das saudosas ‘ruas de lazer’. Tempo de infância feliz…
Lembro-me de aguardar com ansiedade a chegada do domingo. Pela manhã, ia à missa com a família. Depois, corria para casa colocar shorts e tênis e seguia para a rua de lazer, realizada em plena Avenida Samuel Martins, na Vila Progresso. Em Jundiaí as ruas de lazer eram comuns na década de 1970 e reuniam centenas de pessoas em agradáveis momentos de descontração, em pontos previamente determinados pela administração municipal, em diversos bairros da cidade.
A avenida era interditada e o trânsito desviado, sem muitos transtornos aos motoristas. É, naquela época não havia tantos carros nas ruas… Na rua de lazer, os meninos se agrupavam e formavam times para jogar futebol. Em duplas, disputavam, também, o futebol de botão. Mas havia espaço para outras atividades como pular corda, jogar queimada, brincar de amarelinha e arriscar grandes passos com as pernas de pau, muitas delas bem compridas, que permitiam ver muito além das cabeças de quem na avenida se encontrava.
As pinturas eram incentivadas e despertavam nas crianças o gosto pela arte. Dos iniciais borrões aos desenhos mais elaborados, que iam surgindo com a dedicada atenção dos monitores que davam dicas para a criançada. E a gente quase sempre voltava para casa com uma bexiga amarrada por um cordão ao pulso para ‘não escapar’.
O mais incrível disso tudo é que os pais participavam e se integravam ao lazer dos filhos. Era um dia especial para a família, que se divertia unida. Hoje a internet se faz necessária, principalmente no campo profissional.
São novos tempos, novas formas de interagir. E já se tornou comum observar duas crianças sentadas lado a lado, porém, cada qual com um celular, em sua individualidade, conversando virtualmente com outras pessoas sem se dar conta que ali bem pertinho tem alguém para trocar ideias e até brincar. A mesma internet que encurta distâncias é capaz de aumentá-la de uma forma incrível. São crianças e jovens que nasceram na era da internet e que desconhecem a alegria de brincar de pega-pega, esconde-esconde, passa anel e muitos outros joguinhos que integram, divertem e fazem surgir novas amizades. Uma pena! Não sabem o que é uma infância feliz. (Texto originalmente publicado em janeiro de 2019/Atualizado em 16/7/2020 – Foto: toysofthekids.blogspot.com)
VALÉRIA NANI
É jornalista pós-graduada pela PUC-Campinas e trabalha como assessora de imprensa
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