Ainda estou em choque com a notícia do ataque cruel contra uma creche na cidade de Blumenau, que matou quatro crianças e machucou gravemente outras cinco, resultado do surto psicótico de um jovem de 25 anos. Escrevo esse artigo poucos minutos depois da divulgação desta tragédia e confesso que até agora não consegui ler completamente as matérias que estão viralizando em todos os grandes sites noticiosos do Brasil e do mundo. É pesado demais, principalmente para quem é mãe, como eu. Esse tipo de ataque está deixando de ser esporádico e passa a se tornar corriqueiro e eu me pergunto por quê? Que tipo de desarranjo mental leva um adulto a descarregar seu ódio contra crianças indefesas… vivemos a era da insensatez. Tempos sombrios,.
Essa semana o tema do meu artigo era outro. Mas a notícia do ataque à creche de Blumenau me abalou. Como não se solidarizar com os pais e as mães dos pequeninos mortos e feridos, que nem bem tinham iniciado suas vidas e já conheceram a fúria e a insensatez de um monstro. Sim, pra mim a pessoa que invadiu a escolinha e golpeou as crianças não pode ser considerada outra coisa a não ser um monstro.
Psicólogos, psiquiatras, educadores, especialistas podem até justificar à luz da ciência e da medicina o que leva uma pessoa a destruir a vida de inocentes alegando simplesmente estar em surto psicótico. Pode até ser que existam explicações objetivas e plausíveis, mas fica difícil de entender e engolir. É indigesto demais. Por que esse monstro não invadiu uma academia de MMA ou um batalhão da Polícia Militar para destilar sua fúria contra pessoas da sua idade e do seu tamanho. Destroçar corpinhos é muito mais fácil, com certeza.
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Agora, o que resta é a dor eterna dos familiares e as discussões intermináveis sobre os transtornos psiquiátricos que levam a esse tipo de tragédia. Já vi isso várias vezes. Lembram-se do assassino que invadiu a Catedral Metropolitana de Campinas e matou aleatoriamente cinco pessoas que estavam orando durante uma missa? E mais recentemente do caso da professora esfaqueada e morta em São Paulo, e outros tantos casos semelhantes que até perdemos a conta. Histórias tristes como estas se repetem, repetem, repetem e deixam sempre um gosto amargo de perplexidade em cada um de nós.
Vivemos a era da insensatez e o ser humano está mostrando sua face mais cruel. Não consigo imaginar até onde vamos chegar. (Foto: Reprodução Twitter)
VÂNIA ROSÃO
Formada em Jornalismo pela Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero. Trabalhou em jornal diário, revista, rádio e agora aventura-se na Internet.
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