IPÊS do Brasil e o anúncio da Primavera

ipês

Entre os inúmeros símbolos que a natureza oferece ao Brasil, poucos são tão marcantes quanto os ipês. Espalhados por diferentes regiões do país, esses gigantes da flora encantam com suas floradas exuberantes, que costumam ocorrer entre o final do inverno e o início da primavera. É nesse período que, após meses de troncos secos e galhos desnudos, os ipês se vestem de cores vivas e intensas, transformando paisagens urbanas e rurais em verdadeiros espetáculos naturais.

O florescimento dos ipês ocorre em diferentes tonalidades — amarelo, roxo, branco e rosa —, cada qual com sua beleza particular. O ipê-amarelo, em especial, é frequentemente lembrado como “a árvore símbolo do Brasil”, título que, ainda que não esteja oficializado por lei federal, ganhou força por representar não só a exuberância da flora nacional, mas também a esperança e o renascimento que a primavera inspira. A escolha não seria por acaso: o amarelo das flores dialoga com a cor presente na bandeira nacional e reforça o sentimento de pertencimento a uma identidade que valoriza a diversidade natural.

Mas, para além da beleza estética, os ipês nos oferece uma importante lição de resiliência. Ele floresce justamente no período de estiagem, quando o solo é mais seco e a maioria das árvores perde o viço. É como se anunciasse que, mesmo nos momentos de maior aridez, a vida encontra formas de se renovar e de surpreender. A florada do ipê é, assim, um convite à reflexão: se a natureza é capaz de renascer em meio à escassez, por que nós, seres humanos, não poderíamos também nos reinventar diante das dificuldades?

A proximidade do Dia da Árvore, em 21 de setembro, reforça ainda mais essa reflexão. A data é uma oportunidade para lembrar a importância das árvores na manutenção da vida, do equilíbrio climático e da qualidade do ar que respiramos. No Brasil, país de riquíssima biodiversidade, celebrar o Dia da Árvore é também um chamado à responsabilidade: preservar nossas espécies nativas, combater o desmatamento e incentivar o plantio consciente. Plantar um ipê, por exemplo, é mais do que um gesto simbólico; é garantir que as futuras gerações possam desfrutar da sombra, da beleza e dos serviços ambientais que essas árvores oferecem.

Ao contemplarmos um ipê em flor, é impossível não pensar na generosidade da natureza e na necessidade de cuidarmos dela com o mesmo zelo. Assim como o ipê colore nossas ruas e praças, precisamos permitir que a consciência ambiental floresça em nossas atitudes diárias. Seja através da separação correta do lixo, da redução do consumo desenfreado ou do apoio a políticas públicas de preservação, cada gesto conta para a proteção do meio ambiente.

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Portanto, ao observarmos os ipês que já começam a florescer pelo Brasil, que possamos enxergar neles mais do que a beleza passageira da estação. Que eles sejam símbolos de esperança, de renovação e de compromisso com a vida em todas as suas formas. A natureza, generosa, nos oferece esse espetáculo todos os anos; cabe a nós retribuir, cuidando para que nunca faltem ipês — nem árvores — no horizonte das próximas gerações. (Texto produzido com auxílio ChatGPT-Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil).

CLAUDEMIR BATTAGLINI

Promotor de Justiça (inativo), Especialista em Direito Ambiental, Professor Universitário, Consultor Ambiental e Advogado. Presidente da Comissão de Meio Ambiente da OAB Subseção Jundiaí e Vice-presidente do COMDEMA Jundiaí 2023/2025. E-mail: battaglini.c7@gmail.com

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