Faz tempo que a população espera por uma medida extra relacionada à tabela do Imposto de Renda. Semana passada, a Câmara dos Deputados deu a resposta e aprovou o projeto do Governo que isenta da cobrança do IR para até quem ganha R$ 5 mil por mês. Para entrar em vigor, o projeto tem que ser aprovado, agora, pelo Senado, e depois sancionado pelo presidente Lula. Como é imposto, sua validade entra em vigor, a partir do ano seguinte, ou seja, em 2026 o cidadão brasileiro vai pagar menos imposto o que ajuda nas suas contas do mês.
Apesar da intriga de parte da ‘imprensa’ da direita, em dizer que o projeto é populista, vale lembrar que sua tramitação na Câmara demorou mais de seis meses para ser votada aprovada. Agora, depois do povo ir às ruas reclamar da PEC da bandidagem e da derrubada pelo Senado, os deputados resolveram aprovar o projeto do IR por unanimidade.
E o que isso significa? Que ao entrar em vigor no próximo – quando teremos eleições – o trabalhador vai sentir, no bolso, que a situação melhorou, graças a uma promessa de campanha de Lula que, agora, foi concretizada. E o voto deve fazer a diferença na eleição.
Arquivada a PEC da Bandidagem, agora a Câmara pensa na PEC da Anistia, com o objetivo de beneficiar o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, condenado a mais de 27 anos de prisão. Mas o Senado já sinalizou que tal medida não será aprovada. Seguirá o mesmo caminho da outra PEC da Câmara, mostrando que os deputados sempre buscam a legislação em causa própria, esquecendo que estão ali para atender os anseios da população.
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Como a ação do IR demorou pra fazer a Câmara acordar – e acordou na hora em que vai beneficiar o atual governo – basta o povo ir às ruas contra a anistia(e esta manifestação é presença constante nas redes sociais). A ideia do perdão não deverá progredir. Claro que na política as coisas não são definidas de uma hora para outra. A negociação é que faz a carruagem andar. Vamos esperar para ver o que os deputados vão fazer. Se demorar, como demorou para aprovar o IR, e a anistia for também arquivada, será mais um ponto para quem está na frente das pesquisas. E basta ver os números, enquando a direita briga entre si para definir seu candidato. E, pelo jeito, não vai ser um só…
No mais, a história do metanol nas bebidas virou problema no Brasil. Até o Paraguai quer verificar se a bebida brasileira não é falsificada…
NELSON MANZATTO
É jornalista desde 1976, escritor, membro da Academia Jundiaiense de Letras, desde 2002, tendo cinco livros publicados. Destaca-se entre eles, “Surfistas Ferroviários ou a história de Luzinete”, um romance policial premiado em concurso realizado pela Prefeitura de Jundiaí. Outro destaque é “Momentos”, com crônicas ligadas à infância do autor.
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