JULGAMENTO de Bolsonaro

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Começou na quinta-feira passada o julgamento de Jair Bolsonaro, no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), onde está sendo analisada a reunião que o ex-presidente teve com embaixadores em julho do ano passado, quando fez ataques ao sistema eleitoral(foto). A ação, protocolada pelo PDT, diz que Bolsonaro cometeu abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação neste encontro.

O que se viu na quinta-feira foi a abertura do julgamento com leitora da denúncia do Ministério Público e defesa do ex-presidente. Em seguida, o ministro Benedito Gonçalves leu o relatório, que funciona como um ressudo do processo. Após esta etapa, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, suspendeu a sessão e marcou o início da votação para esta terça-feira, dia 27, para o início da votação. Digo início, porque ela pode não terminar nesta data já que ministro podem pedir vistas ao processo e a conclusão da votação pode ser adiada.

O relator, Benedito Gonçalves, será o primeiro a votar, seguido por Raul Araújo, Floriano de Azevedo Marques, André Ramos Tavares, Cármen Lúcia, Nunes Marques e Alexandre de Moraes. É com base nesta sequência, que Bolsonaro tem divulgado elogios a Raul Araújo que, apesar de indicado por Lula em seu outro mandato, tem demonstrado apoio ao ex-presidente. Além dele, Bolsonaro tem apoio de Nunes Marque que foi indicado por ele próprio.

Bolsonaro tem lutado para que estes ministros possam pedir vistas ao processo, o que adiaria a decisão final sobre o caso que o tornaria inelegível por oito anos. Além dele, a ação do PDT visa Braga Netto, que era o vice de Jair na chapa. O adiamento do julgamento será de 30 dias, prorrogados por mais 30, mas Alexandre de Moraes tem trabalhado junto aos ministros, para evitar que isso aconteça. Caso ocorra, Moraes, que já deu sinais de querer resolver logo o caso, pode sugerir aos outros ministros o adiantamento dos votos. Isso aceleraria esta situação.

Pesquisa recente mostra que, caso Jair se torne inelegível – o que é dado como certo pela classe política – o candidato que receber seu apoio na eleição de 2026, terá poucas chances de ganhar, mas o novo mais cogitado para esta “briga” tem sido o do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, do Republicanos.

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Para os de memória mais fraca, vale lembrar que em 2018, Lula estava preso e era o nome certo para enfrentar Jair, mas a cadeia colocou em seu lugar o atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que foi para o segundo turno e perdeu. Isto mostra que nem sempre o líder tem seu indicado eleito. Vale lembrar que Quércia, quando governador, indicou Fleury Filho e este foi eleito; que Paulo Maluf indicou Pitta para a Prefeitura de São Paulo e este foi eleito e que o próprio Lula indicou Dilma e esta foi eleita.

Mas em política tudo é possível. Até adversários darem as mãos e se unirem para buscar a vitória. Que o digam Lula e Alckmin. Mas… vamos aos votos…(Foto: Clauber Cleber Caetano/Agência Brasil)

NELSON MANZATTO

É jornalista desde 1976, escritor, membro da Academia Jundiaiense de Letras, desde 2002, tendo cinco livros publicados. Destaca-se entre eles, “Surfistas Ferroviários ou a história de Luzinete”, um romance policial premiado em concurso realizado pela Prefeitura de Jundiaí. Outro destaque é “Momentos”, com crônicas ligadas à infância do autor.

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