A hanseníase, antigamente conhecida como lepra, é uma doença infecciosa causada por uma bactéria chamada Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen. Jundiaí registrou queda de 50% no número de casos no ano passado, em relação ao ano anterior, reduzindo de 10 casos novos para cinco. Apesar de ser curável e com disponibilização de medicamentos gratuitamente, a doença, quando diagnosticada em estágio avançado causa incapacidade física. A informação é a única forma de combate à doença.
De acordo com dados da Vigilância Epidemiológica de Jundiaí, o diagnóstico é feito de forma clínica e comprovado por exame. “O bacilo é lento e pode demorar até cinco anos para apresentar os primeiros sintomas, que são as manchas brancas ou avermelhadas no corpo. Como não apresentam dor ou incômodo neste estágio inicial, acabam sendo ignoradas. No entanto, se o diagnóstico acontece nesta fase, se evita a fase aguda, em que acomete os nervos, resultando em incapacidades físicas”, detalha a bióloga da Vigilância Epidemiológica, Marlene Terezinha Beltrame.
Em Jundiaí, as ações de combate à hanseníase são realizadas de forma integrada entre a Vigilância Epidemiológica, o Ambulatório de Moléstias Infecciosas e a Atenção Básica, através de capacitações periódicas para profissionais da Rede Básica. A cidade reduziu pela metade a quantidade de novos casos registrados em 2017, passando de 10 em 2016, para cinco em 2017. A taxa de cura é de 100% e não há taxa de abandono, ou seja, todos os pacientes são tratados e curados.
O tratamento se dá com um conjunto de três drogas que são ministradas conforme o diagnóstico bacilar realizado, podendo ser com doses diárias por seis meses ou um ano. A partir do momento que o paciente inicia a medicação não há transmissão da doença. “Independente da forma clínica, é uma doença que tem cura, porém se o diagnóstico for tardio maior a chance de sequelas. A hanseníase é uma doença altamente incapacitante, além de ser encarada com grande preconceito”, detalha a bióloga.
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A doença – A hanseníase não é hereditária, mas existe uma pré-disposição genética. Cerca de 90% da população possui no organismo a capacidade natural de se defender contra o bacilo. O contato direto e prolongado com a pessoa doente sem tratamento, em ambiente fechado, com pouca ventilação e ausência de luz solar, aumenta a chance de se infectar, já que o contágio se dá pelas vias respiratórias.
Normalmente, a doença tem início com uma ou mais manchas esbranquiçadas ou avermelhadas em qualquer parte do corpo. Essas manchas não doem, não coçam, não incomodam e não pegam pó. Nessas áreas a sensibilidade fica diminuída. Na ocorrência de qualquer indício da doença, basta procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para diagnóstico, exame, e, se confirmado, início do tratamento. (Da assessoria de imprensa da Prefeitura de Jundiaí)