Um projeto de pesquisa de Iniciação Científica está realizando a análise da qualidade da água do ribeirão Jundiuvira, localizado na região da cachoeira de Morangaba, em Jundiaí. A iniciativa é fruto de uma parceria entre a Universidade Anchieta, a Fundação Serra do Japi, a DAE e a ONG Coati, e visa gerar dados fundamentais para subsidiar ações de revitalização e uso sustentável do local. O monitoramento sistemático será realizado ao longo de um ano. O cronograma do projeto prevê coletas mensais, com análises realizadas pelo laboratório do UniAnchieta utilizando o kit educativo. Já a DAE, com seu laboratório certificado, fará análises trimestrais, contemplando cada estação do ano, o que permitirá uma avaliação ampla e comparativa das variações na qualidade da água ao longo do tempo.
De acordo com o professor Antonio César Teixeira de Toledo, coordenador da pesquisa, o objetivo do estudo é comparar diferentes métodos analíticos para avaliação da qualidade da água. “Estamos utilizando kits portáteis, comumente empregados em atividades de educação ambiental, e também realizando análises laboratoriais, tanto em laboratórios acreditados como não acreditados”, explicou.
O local de estudo foi escolhido após diálogo com o superintendente da Fundação Serra do Japi, Flávio Gramolelli Junior, que também é professor da UniAnchieta e coorientador do projeto. “A Serra do Japi é uma área estratégica para esse tipo de pesquisa, especialmente por sua relevância ecológica e pelo potencial turístico da cachoeira de Morangaba”, destacou Toledo.
O superintendente explicou ainda que a utilização de diferentes métodos e equipamentos pode resultar em variações nos resultados. “A DAE conta com um laboratório acreditado, que gera resultados de alta confiabilidade e precisão, enquanto o laboratório do UniAnchieta é amplamente utilizado para práticas educacionais e experimentações”, completou.
A pesquisa também conta com o apoio técnico e científico da ONG Coati, que forneceu um kit de análise portátil e um cromatógrafo, além da colaboração do químico Gustavo Tonoli, da empresa Chemetall.
Segundo Gramolelli, a escolha do ribeirão Jundiuvira como foco do estudo se deu pela sua importância ambiental e pelo contexto do planejamento da administração municipal. “Estamos seguindo as diretrizes do plano de governo e iniciamos estudos para a revitalização. Os dados sobre a qualidade da água são essenciais para embasar as decisões e garantir segurança e sustentabilidade nesse processo”, enfatizou.
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