KAIC pode ser o primeiro jundiaiense em Harvard. Mas, precisa de ajuda

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Até o semestre passado, Kaic Rodrigues Lopes, 22 anos, cursava o 4º ano de Medicina na Faculdade São Camilo, em São Paulo. Jundiaiense, com a família no jardim Santa Tereza, ele teve de trancar a matrícula porque não tinha mais condição de pagar as mensalidade. Foi quando Harvard, nos Estados Unidos, o convidou para participar de uma pesquisa em seus laboratórios. Kaic não vai ganhar nada para trabalhar. A não ser o fato de ter em seu currículo o período em que esteve numa das universidades mais prestigiadas do mundo. Agora, o jovem corre contra o relógio. Ele precisa levantar US$ 20 mil(ou R$ 110 mil) até outubro. O dinheiro será usado para se manter por lá. Isto inclui moradia, alimentação, seguro-saúde, transporte e outros custos. Por isto, está fazendo uma vaquinha virtual. O Jundiaí Agora entrevistou Kaic:

Como foi sua trajetória até chegar ao 4º ano de Medicina?

Foi longa. A maior parte da minha vida estudei no Anchieta, onde possuía alguns descontos através de bolsas, que ajudavam a custear a escola. Quando conclui o ensino médio fiz um cursinho pré-vestibular, onde também consegui bolsas, através de provas. Foi uma época muito difícil. Estudava até 14 horas por dia, mais o tempo de deslocamento até o cursinho, que ficava em outra cidade. Não havia tempo para trabalhar. Quando completei seis meses nesta rotina, meu grande pai faleceu. Ele trabalhava na Defesa Civil e sofreu um infarto em 2017. A morte dele tornou quase tudo impossível.

A São Camilo era a faculdade que sempre quis?

Quando decidi que queria fazer Medicina não conhecia praticamente nenhuma faculdade com este curso. Era muito longe da minha realidade e só comecei a entender mais quando entrei no cursinho. Foi quando conheci a São Camilo, onde uma amiga tinha passado e falava bem da instituição. Eu sempre quis ser médico, independentemente da faculdade. Minha preocupação sempre foi com as condições da instituição para me tornar um bom profissional. Esse foi o meu critério de escolha.

Quanto pagava de mensalidade?

Variava de acordo com o ano.

O que vem fazendo desde que trancou a matrícula?

Venho estudando e buscando ajuda para arrecadar o valor necessário para que eu possa me manter em Harvard. Também venho realizando rifas e outras formas de arrecadação para que consiga atingir o valor da meta.

Como Harvard surgiu na sua vida?

Sempre soube que Harvard era uma das melhores universidades do mundo. Via, na televisão, as grandes mentes que saíram de lá. Foi no início da pandemia aqui no Brasil, meados de fevereiro a março do ano passado, que realmente comecei o processo para poder aprender e realizar pesquisa em um dos seus incríveis departamentos. Eu sabia que em Harvard eu aprenderia com os melhores do mundo em suas respectivas áreas e que isso permitiria uma mudança não apenas da minha vida como também na de milhares de pessoas.

Quanto precisa para ir? Quanto já conseguiu?

Preciso de US$ 20 mil dólares para poder me manter por lá, durante esses oito meses que ficarei em Harvard. Isto dá cerca de R$ 110 mil, contando as taxas de câmbio. Já consegui cerca de R$ 6 mil desde que iniciei minha vaquinha.

Até quando precisa levantar este dinheiro?

Preciso arrecadar este dinheiro até a primeira semana de outubro. Depois que atingir a meta precisarei emitir a documentação, como o visto, o que levará algumas semanas.

O que representa esta oportunidade para você?

É a chance de ajudar a representar o Brasil na Harvard Medical School e ajudar também tantas pessoas que estão comigo nesta jornada, como professores, amigos, familiares e quem está colaborando na vaquinha. É uma forma de poder inspirá-las para que continuem a acreditar e lutar pelos seus sonhos. Além, é claro, de poder aprender e contribuir com pesquisas que tem o potencial de salvar vidas! Será uma grande honra para mim.

Tem notícia se é o único jundiaiense a ir para Harvard?

Provavelmente sou o primeiro jundiaiense a ir para um dos importantes departamento de pesquisa de Harvard Medical School…

Se conseguir, será remunerado pelas pesquisas?

Não serei remunerado.

O que representará isto para seu currículo?

Será um grande impacto para o meu currículo. Harvard é uma universidade muito prestigiada no mundo todo. Dela saíram grandes pessoas que impactaram e impactam a humanidade.

Quanto tempo levará essa pesquisa?

Eu só saberei desta informação quando estiver por lá.

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Pode detalhá-la?

Enquanto estiver lá atuarei na área de microbiologia e imunologia e como esses dois importantes campos interagem entre si, mais especificamente em como as bactérias intestinais modificam e melhoram o sistema imunológico.

Pensa em ficar por lá e concluir o curso de medicina? Ou voltará para a São Camilo?

Voltarei para o Brasil para concluir minha graduação de Medicina.

Além da vaquinha existem outras maneiras de colaborar? 

Outra forma de contribuir, principalmente para valores menores que R$ 25(o mínimo permitido pela vaquinha), é através do meu PIX: kaic-rodriguess@hotmail.com

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