Legislando em causa própria

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Semana passada, legislando em causa própria, o Senado Federal aprovou, em dois turnos a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que perdoa as dívidas tributárias de mais de cinco anos dos partidos políticos e permite o refinanciamento de outras multas. O Congresso é quem promulga esta mudança na Constituição.

Interessante ver como as coisas que interessam aos políticos são aprovados rapidamente nas duas casas de lei, tanto Câmara como Senado. Aquilo que beneficia a população gera debate, negociações, intervenção do Judiciário, do Executivo e de classes interessadas na mesma. E sua aprovação demoooooooooooraaaaa muito a acontecer. Quando o caso envolve as pessoas que tem direito a voto, a aprovação é absolutamente imediata. E isso, porque já começou a campanha eleitoral deste ano e, pelo andar da carruagem, não vai ser nada limpa! Parte dos políticos não mede esforços para criar fakes, desmoralizar opositores. Tudo isso para conseguir mais votos.

Pelo que se vê nas redes sociais, não importa se fulano é suspeito de algo errado. A oposição já divulga a história como certa! Aí, o suspeito anuncia que vai processar o beltrano porque cometeu crime de injúria. E a eleição passa, alguém perde a eleição e o caso acaba ficando no esquecimento.

Já, quanto ao povo, se tem dívida e não paga no prazo, corre o risco de ser processado e até perder algum bem para pagar a dívida. Está certo que o atual governo criou o chamado programa Desenrola Brasil. Mas o prazo disso já acabou. Sem perdão! Apenas renegociação. Diferente da história dos políticos! Interessante isso não é?

No mais, Bolsonaro que vivia atacando o STF, TSE e Governo Federal, recentemente, durante comício, foi atacado por abelhas e precisou encerrar a fala! Além disso, Pablo Marçal, da estrema direita e inicialmente ligado à família do ex-presidente, resolveu mudar de postura e começou a criticar todo mundo que surgisse na sua mira. Resultado: candidatos à frente dele nas pesquisas em São Paulo, resolveram não participar de debate promovido pela revista Veja para não serem atacados diretamente. E foram: indiretamente atacados! Resultado disso foi uma inversão nas pesquisas paulistanas e o homem que estava em quinto lugar, na pesquisa Datafolha da semana passada, já aparece em segundo, empatado tecnicamente com Guilherme Boulos. Marçal quer se desvincular de Bolsonaro para ter uma caminhada sem interferência.

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Mas isso tudo, é só o começo: esta semana começa a propaganda eleitoral no rádio e na televisão. Se nem começou direito a briga, imaginem quando começar. Muitos políticos descem do pedestal e partem para a baixaria, loucos para ganhar votos. E lançam candidatos com nomes de pouca repercussão para criar fakes para prejudicar líderes em pesquisas. E depois, o criador da fake sai dizendo que é santo.

Outro alerta: ruas de Jundiaí começam a ficar sujas com propaganda política espalhada, numa falta de respeito com o que dizer de que “é bom viver aqui!”. A papelada se espalha com o vento, pode ir para bocas de lobo e entupi-los, alagando ruas em dias de chuva. Qualquer propaganda em forma de papel deveria ser proibida e a natureza agradeceria!(Foto: Roque de Sá-Agência Senado/Agência Brasil)

NELSON MANZATTO

É jornalista desde 1976, escritor, membro da Academia Jundiaiense de Letras, desde 2002, tendo cinco livros publicados. Destaca-se entre eles, “Surfistas Ferroviários ou a história de Luzinete”, um romance policial premiado em concurso realizado pela Prefeitura de Jundiaí. Outro destaque é “Momentos”, com crônicas ligadas à infância do autor.

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