Luiz Fernando Machado (LFM) toma posse hoje da Prefeitura de Jundiaí, que segundo ele próprio “passa por uma situação financeira extremamente delicada”. LFM prefere evitar o uso de adjetivos como ‘quebrada’ ou ‘falida’. Ainda. O prefeito que reconduz o PSDB ao comando da cidade promete fazer auditorias e revelar todos os detalhes das contas públicas da administração passada. Ele acredita que a cidade sofreu um grande retrocesso nos últimos quatro anos. Veja trechos da entrevista e o ouça o áudio completo(abaixo):

Retrocesso

“Não tenho dúvidas de que Jundiaí perdeu a Responsabilidade Fiscal, que deixou de fazer gestão austera com recursos públicos. O modelo usado aqui foi o mesmo implementado pelo Governo Federal e que quebrou o País. Jundiaí retrocedeu nos últimos quatro anos”.


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Transparência

“Eu vou revelar à população como está a situação financeira da Prefeitura. Não vou guardar segredos. Até porque os dados são públicos e eu preciso entregar à cidade informações sobre o que de fato está acontecendo nas contas públicas. É óbvio que precisamos fazer uma auditoria no Hospital São Vicente (HSV). É natural que isto também aconteça em relação a alguns contratos. Não é questão de revanchismo. As auditorias servem para preservar o prefeito que está saindo, mostrando como ele administrou os recursos públicos e evidenciando as verbas que eu vou gerir, que não são nossas. Os recursos são da população que precisa ter a plena consciência de como o dinheiro foi utilizado. As auditorias serão constantes não só para o governo que sai como para o que entra. Os meus secretários prestarão contas anualmente à sociedade”.

Ministério Público x propagandas

“O MP tem razão em mover uma ação civil pública por conta das propagandas da Prefeitura na administração passada. Tratava-se de material de caráter de autopromoção. As propagandas institucionais devem permanecer. Em conjunto com o MP, devemos buscar caminhos para que a população receba informações importantes. Um exemplo: o período de chuvas está chegando e precisamos informar ao cidadão que 80% dos criadouros do mosquito da dengue estão nas casas. Isto não pode ser feito senão por propaganda. Acho que houve desperdício de verbas públicas na administração passada que fez propagandas do tipo ‘nunca se fez tanto em tão pouco tempo’, vinculando 65 ações que era o número do então partido do ex-prefeito, o PcdoB. Isto é autopromoção”.

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R$ 10 milhões

“O Ministério Público afirma que foram gastos R$ 10 milhões em propaganda. Realmente foi um valor muito alto. Muito poderia ter sido feito com este dinheiro, especialmente no serviço público de qualidade, investindo no Hospital São Vicente, no Hospital Universitário, nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), que não foram entregues por falta de recursos. Pretendo rever estes contratos de publicidade no sentido de dar o destino correto às verbas públicas”.

Medidas para salvar São Vicente

“Faremos um diagnóstico daquilo que está sendo usado hoje como abrigo político no hospital. Faremos cortes de funcionários sem vínculos com a saúde pública. Vamos avaliar as compras feitas para saber o que há em excesso. Para aquilo que for necessário, destinaremos mais recursos”.

Novo hospital

“É um projeto interessante da antiga administração desde que haja dinheiro para construção e custeio. Jundiaí necessita de um novo hospital. Mas precisamos entender o projeto que foi feito”.


OUÇA AQUI A ENTREVISTA COMPLETA COM LFM AO JUNDIAÍ AGORA

 


Prefeitura quebrada, falida?

“O que podemos dizer com certeza é que a circunstância financeira do município hoje é extremamente delicada. Não dá para dizer se a Prefeitura está falida porque não tenho todos os dados consolidados ainda. O subsídio para o transporte coletivo está atrasado há vários meses. A dívida é de mais de R$ 29 milhões. Os recursos previstos para o HSV são insuficientes para o próximo ano. O déficit é de R$ 40 milhões. Em alguns pontos, a Prefeitura passa pela insolvência”.

Nota do editor: oito dias depois de falar com o Jundiaí Agora, LFM convocou a imprensa para divulgar relatório e com dados mais atualizados comentou a difícil situação financeira da Prefeitura. Veja vídeo abaixo.


VEJA PRIMEIRA PARTE DA COLETIVA CONCEDIDA NO DIA 21 DE DEZEMBRO:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

ASSISTA TAMBÉM A SEGUNDA PARTE DA COLETIVA


 

Programa Santa Casa Sustentável

“O Governo do Estado fala a verdade quando diz que o Hospital São Vicente perdeu o prazo para a buscar os recursos do programa. Os responsáveis pelo São Vicente sabem que perderam o prazo. Na época, o hospital não tinha certidões para receber as verbas. Vou tentar inserir o São Vicente no Santa Casa Sustentável”.

Unidades Básicas

“Sobre a instauração de inquérito pelo MP para investigar possíveis irregularidades na aplicação de recursos do programa Desenvolvimento Gerencial de Unidades Básicas, a primeira informação oficial é de que este programa já não funcionava há muitos anos. Vou apurar o que aconteceu para não cair no crime de prevaricação. Existe um vídeo que deixa claro o desvio de finalidade deste recurso”.

Outros casos suspeitos

“A Prefeitura passa por uma grave crise por puro descontrole. O ex-prefeito, durante as eleições, dizia que a situação financeira da Prefeitura era estável, sem problemas de financiamento do HSV, atrasos com fornecedores e não havia problemas com folha de pagamento. Mas a realidade é outra. Os funcionários do São Vicente entraram em greve por causa do 13º. Hoje (dia 13 último), não temos como afirmar se a administração Bigardi assegurará o pagamento dos funcionários do hospital no dia 5 de janeiro. É claro que algo aconteceu de errado”.

Manutenção do subsídio

“O subsídio para o transporte coletivo será mantido desde que prefeitura tenha recursos para isto. A administração passada fez uma grande engenharia para dizer à população que não aumentou a tarifa dos ônibus. Mas não contaram que, por conta deste subsídio, estão deixando de investir na saúde, educação, construção de creches”.

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