A Câmara Municipal vota na sessão da próxima terça-feira (6) uma moção de apelo ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) e ao secretário estadual de Saúde, David Uip, para a inclusão do Hospital São Vicente de Paulo no programa Santas Casas SUStentáveis, do governo estadual, que repassa recursos a hospitais filantrópicos. A moção é do vereador Wagner Ligabó (foto abaixo).
No pedido para a aprovação da moção, Ligabó vai explicar aos demais vereadores que o São Vicente é o único hospital filantrópico estruturante do Estado que não recebe verba do Santas Casas SUStentáveis, apesar de a instituição estar na lista do próprio Governo do Estado para envio dos recursos.
Na lista de hospitais estruturantes, que atentem alta complexidade, como é o caso do São Vicente, estão santas casas e hospitais de Santos, Itapeva, Araçatuba, São Carlos, Votuporanga, Limeira, Araraquara, Catanduva, Barretos, Franca, São José dos Campos, Guarujá e Ourinhos.
De acordo com o próprio Governo do Estado, o São Vicente tem direito a um repasse mensal de aproximadamente R$ 2,156 milhões. Isso ajudaria a aliviar a crise financeira do hospital que realiza 23 mil atendimentos ao mês a pacientes de uma região com cerca de 1 milhão de habitantes”, afirma Ligabó.
A Prefeitura de Jundiaí protocolou processo na Secretaria Estadual de Saúde para pedir a inclusão do São Vicente no Santas Casas SUStentáveis em 6 de novembro de 2015. Agora em 2016 foi ratificado o pedido, mas o dinheiro nunca veio para o hospital.
Na audiência pública de prestação de contas da Prefeitura no primeiro quadrimestre de 2016, realizada no último dia 31 de maio, o gestor da Plataforma de Governo e Finanças, José Antonio Parimoschi, confirmou que há esforços para a inclusão do São Vicente no Santas Casas SUStentáveis e lembrou que praticamente metade da verba da Saúde da Prefeitura é investida no São Vicente.
Ligabó reforça que até pessoas de cidades contempladas pelo programa acabam procurando o São Vicente em virtude do bom atendimento médico prestado em Jundiaí, como pacientes de Limeira, cuja Santa Casa recebe cerca de R$ 1,8 milhão por mês e tem uma taxa de ocupação de 63,8% contra 110% do hospital jundiaiense.
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O vereador lembra que mesmo com as dificuldades, um recente estudo coordenado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV) e pelo Instituto de Pesquisa do Hospital do Coração de São Paulo (IEP-Hcor) apontou que o índice de mortalidade em cirurgias cardíacas realizadas pelo São Vicente é menor que a média nacional.
Enquanto a média no País está em 6%, no São Vicente este índice é de 4%, segundo a pesquisa que avaliou o trabalho realizado por 19 dos principais centros cirúrgicos brasileiros”, aponta Ligabó. “Mas se o governo do estado não ajudar vai ser difícil manter indicadores como esse e dar um tratamento digno aos pacientes”, ratifica. (texto: assessoria de imprensa do vereador/foto acima: Google Maps)
