O filme “A lista de Schindler”, dirigida por Steven Spielberg, conta a história de Oskar Schindler, um empresário alemão que salvou a vida de mais de mil judeus durante o Holocausto ao empregá-los em sua fábrica. O filme é baseado no romance “Schindler’s Ark” escrito por Thomas Keneally, cuja história ocorre em 1939, durante a Segunda Guerra Mundial. O alemão constrói uma fábrica, mas consegue recursos junto a empresários judeus. Em troca destes recursos, ele vende a estes seus produtos, que nada mais eram do que janelas para o exército.
A introdução pode parecer estranha num primeiro momento, mas “A lista de Janot”, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que foi encaminhada ao Supremo Tribunal Federal, em razão da delação premiada da Odebrecht, pode ter efeito contrário ao filme. A lista do brasileiro pode “derrubar a casa” desta república praticamente falida, diante de tantas denúncias de corrupção.
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Ministros, ex-ministros, deputados, senadores, governadores, enfim muitos políticos estão envolvidos naquilo que os parlamentares, hoje, tentam dizer que não é crime: o famoso caixa 2! Claro que não é amanhã que os suspeitos irão para a cadeia. O processo é lento, ao contrário do nome desta operação, a “Lava Jato”. São denúncias por enquanto. Os delatores entregaram provas de alguns dos suspeitos, outros são apenas citações, enfim, muita água vai rolar por debaixo da ponte, antes que o povo comece a vibrar com as prisões de políticos desta nova fase.
O Governo está lá, disfarçando de que não é com ele. E está criando uma situação ainda mais complicada para si: a reforma da Previdência, cujo projeto está revoltando a população que saiu às ruas nesta quarta-feira para protestar. Não se reforma um Ministério falido, penalizando o trabalhador. É preciso conversar com a classe trabalhadora para buscar soluções. Não se impõe projetos de cima para baixo, mas sim com conversas. E conversa é fundamental numa democracia.
A lista de Janot vai andar. A reforma da Previdência também. Vamos esperar para ver quem serão os punidos nestes dois casos!
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NELSON MANZATTO
Jornalista profissional diplomado, tendo trabalhado no Jornal da Cidade de Jundiaí, Diário do Povo de Campinas, Jornal de Domingo de Campinas, Diário Popular de São Paulo e Jornal de Jundiaí. Foi editor-chefe dos jornais Diário do Povo, Jornal de Domingo e Jornal de Jundiaí e sempre trabalhou nas editorias de Política e Economia. Também trabalhou em Assessoria de Imprensa. É membro da Academia Jundiaiense de Letras e tem quatro livros publicados: Surfistas Ferroviários ou a História de Luzinete (Vencedor de Concurso Literário), Contos e Crônicas de Natal (com cinco textos premiados), Momentos e No meu tempo de Criança. Mantém um blog literário: blogdonelsonmanzatto.blogspot.com