Em maio de 1917, o professor Luiz Felippe da Rosa fundava a Escola Professor Luiz Rosa, em Jundiaí. Neste ano, a instituição completa 104 anos. Neste texto, o historiador Maurício Ferreira conta a trajetória de uma das instituições de ensino mais importantes, tradicionais e de vanguarda de Jundiaí e região com um olhar especial: ele foi aluno e hoje dá aulas na Escola Professor Luiz Rosa.
Nascido no Rio de Janeiro, Luiz Rosa era afrodescendente, enfrentou todos os preconceitos da época e se tornou um docente de excelência e bom empreendedor. Desde o final do século XIX vinha atuando como professor, coordenador e diretor em vários colégios no Estado de São Paulo.
Nessa época, o Colégio Hydecroft, que gozava de grande respeito e reputação, abriu uma unidade em Jundiaí ao lado do antigo quartel do Exército na rua do Rosário, bem no centro de Jundiaí, Nele, o professor Luiz Rosa era vice-diretor. Hoje, o terreno que abrigou o Hydecroft virou um estacionamento.
O colégio encerrou as atividades em 1916. E Luiz Rosa enxergou sua chance de realizar um sonho, que era na verdade um ideal que ainda vive nesta escola centenária: formar pessoas para a vida, desenvolvendo habilidades e competências pessoais e profissionais.
A Escola Professor Luiz Rosa iniciou suas atividades na Rua Barão de Jundiaí, 844, na esquina com a rua da Padroeira, num lindo casarão que pertenceu a família Prates Fonseca e que mais tarde também sediou a Escola Normal Livre de Jundiaí (acima). Depois, a instituição se mudou praça Dom Pedro II, também conhecida como Jardim das Rosas, e lá ficou até a morte de seu fundador em 1930.
A Escola então passou a ser dirigida pelo casal de professores Sebastião Augusto de Miranda e Clotilde Copeli de Miranda. Mudou-se para a rua do Rosário, 667, imóvel que ocupa até hoje. Porém, nos anos 1970 foi construído o novo prédio na rua Senador Fonseca, 1182(foto acima), que ficou incorporado ao endereço da Rua do Rosário por fazerem fundos.
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A escola foi comprada pela família Leme do Prado em 1954 e dirigida por José Leme do Prado, que contou com a colaboração do general Newton Bayner Nunes da Silva, major Evaporê Machado e Fernando Leme do Prado. Em 2013 , a escola foi adquirida pelo professor e hoje diretor-executivo Frederico Piamontese Júnior.
José Leme do Prado(de terno e gravata), durante visita de José Mauro Vasconcelos, autor do livro “Meu Pé de Laranja Lima”, em 1973. Ainda na foto: Ulisses e Lucemi Nutti Moreira
Os melhores professores – A Escola Professor Luiz Rosa sempre teve maravilhosos mestres. Dentre eles: Albertina Fortarel; Joaquim Candelário de Freitas; Nelson Foot; Lázaro Miranda Duarte; o ministro do Supremo Tribunal Federal, Mário Guimarães; Pedro Clarismundo Fornari (que mais tarde fundou as Escolas Padre Anchieta) e Pedro Fávaro.
Anos depois, Mercedes Cruañes Rinaldi; Ulisses Nutti Moreira; Wanda Melo; José Mauro Lorencini, Ariovaldo Zaniratto e outros tantos que sempre encamparam o ideal de formar pessoas de bem e profissionais de excelência, contribuindo com o desenvolvimento da região, formando perto de 30 mil profissionais que de pronto foram absorvidos pelo mercado de trabalho.
Nos anos 1970 e 1980, a escola teve um dos mais importantes movimentos culturais de nossa cidade, o Teatro Estudantil Rosa (TER), dirigido pelo professor Ulisses Nutti Moreira, que produziu e apresentou diversos espetáculos, sendo premiado em festivais estaduais e nacionais. O TER levava entretenimento de qualidade para a população de Jundiaí e região.
Nesta escola me formei, formei minha família, conheci pessoas que desde a adolescência fazem parte de minha convivência e hoje são meus melhores amigos. Posso afirmar que esta não é uma escola qualquer. É uma família. Do servente ao diretor Frederico não há nenhuma diferença de tratamento. Todos se gostam, se respeitam e se ajudam. A família Rosa ama o que faz e faz o que tem que ser feito: formar bons profissionais e sobretudo formar pessoas felizes e de bem. Muito orgulho e honra de participar desta bela história que certamente contará com muitos séculos mais. (Maurício Ferreira/Texto originalmente publicado no dia 4 de maio de 2019)
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