Ele quer MATAR O PRESIDENTE!

matar

Atentado contra chefe de Estado não é nenhuma novidade na história. A Primeira Guerra Mundial começa com o assassinato do herdeiro do Império Áustro-húngaro, em Sarajevo, na Bósnia, em 1914. O czar russo, depois de várias tentativas, também foi vítima de um atentado. Alexandre Ulianov foi enforcado no final do século 19 em uma tentativa fracassada de matar o czar Alexandre III. Não pediu perdão imperial e morreu pela causa da queda da monarquia. O fato influenciou nitidamente o irmão dele, Vladimir Ilitch Ulianov, conhecido pelo nome revolucionário de Lênin. A ele se atribui o assassinato do czar Nicolau II e toda a sua família. Inclusive as crianças.

Matar presidente não é comum no Brasil. Quem chega mais perto disso é um soldado do Exército que atira contra o presidente Prudente de Morais no arsenal da Marinha, no Rio de Janeiro. Ele erra e mata o Ministro da Guerra. Os chefes de Estado brasileiros nunca estiveram preocupados com atentados contra a sua vida. Sua segurança é frágil e a capital federal bem policiada por forças civis e militares. É comum ver o presidente em eventos públicos com quase nenhuma segurança. Não há movimento terrorista catalogado nos órgãos de segurança e mesmo os jornalistas não imaginam o que uma pessoa poderia fazer para matar o presidente. Talvez um golpe de Estado com o apoio das Forças Armadas?

O objetivo é atingir o Palácio do Planalto e matar o presidente da República. Com isso, diz o autor do atentado, é a única forma de mudar a situação do Brasil, principalmente combater o  desemprego. O voo do Boeing da Vasp sai de Porto Velho e tem como destino o Rio de Janeiro. Uma das escalas é na capital federal. Um dos passageiros, um tratorista desempregado, acaba com a tranquilidade do voo.

CLIQUE AQUI PARA LER OUTROS ARTIGOS DE HERÓDOTO BARBEIRO

Armado de um revólver calibre 32, Raimundo da Conceição, anuncia que estava sequestrando o avião para atirá-lo contra o Palácio Presidencial e matar o presidente José Sarney, maranhense como ele. Invade a cabine de comando do avião e inicia o sequestro que se parece a um filme de Hollywood. Atirou e feriu dois comissários e com isso entrou no cockpit e matou o copiloto com um tiro na nuca. O comandante Lima e Silva conseguiu demovê-lo do choque, alegando falta de visibilidade e que não tinha mais combustível. Ele consegue convencer Raimundo que lá em Goiás poderá pegar outro avião. No aeroporto de Goiânia mantém o comandante como refém até ser baleado pela Polícia Federal. Logo depois morre no hospital. É o auge do sequestro em 29 de setembro de 1988.(Foto: José Cruz/Agência Brasil)

HERÓDOTO BARBEIRO

Heródoto Barbeiro é jornalista do Record News, R7 e Nova Brasil (89.7), além de autor de vários livros de sucesso, tanto destinados ao ensino de História, como para as áreas de jornalismo, mídia training e budismo. Apresentou o Roda Viva da TV Cultura e o Jornal da CBN. Mestre em História pela USP e inscrito na OAB. Acompanhe-o por seu canal no YouTube “Por dentro da Máquina”

VEJA TAMBÉM

PUBLICIDADE LEGAL É NO JUNDIAÍ AGORA

ACESSE O FACEBOOK DO JUNDIAÍ AGORA: NOTÍCIAS, DIVERSÃO E PROMOÇÕES