Na semana que o Brasil falou muito dos militares, seja pela demissão do ministro da Defesa e dos comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica, seja pelos 57 anos da tomada do poder, é sempre bom lembrar que Jundiaí e região sempre estiveram no radar dos homens de farda. A cidade chegou a ter dois quartéis: a Companhia de Comunicação(Ciacom), na rua do Rosário, e o 12º Grupo de Artilharia de Campanha(12º GAC). Em setembro completará 50 anos que o presidente Emílio Garrastazu Médici esteve na cidade para prestigiar uma solenidade do Mobral(Movimento Brasileiro de Alfabetização/foto principal). Alguns anos depois, o presidente João Baptista Figueiredo mandou o irmão, Euclydes, representá-lo na inauguração do viaduto da vila Rio Branco.
A visita de Médici aconteceu no dia 10 de setembro de 1971. Ele veio para a entrega dos diplomas para quem tinha participado do curso do Mobral. A cerimônia ocorreu no Parque da Uva. O prefeito na época era Walmor Barbosa Martins. O repórter fotográfico Elio Cocheo(já falecido), contava que tinha sido preso durante a solenidade. Ele não teria respeitado a distância determinada para fotografar o presidente Médici. O profissional se aproximou demais, foi detido pelos militares e levado para um quartel.
Havia uma grande expectativa em relação ao Mobral já que a taxa de analfabetismo era enorme nos anos 1970. A visita do presidente a Jundiaí foi tão importante que mereceu reportagem de quase uma página no Jornal do Brasil, do Rio de Janeiro. O texto fala que as ruas foram enfeitadas para recepcionar o terceiro presidente militar. Ele governou o Brasil entre outubro de 1969 a março de 1974, sendo sucedido por Ernesto Geisel, outro general.
O irmão de Figueiredo – Quase ninguém sabe, mas o nome correto do viaduto da vila Rio Branco é ‘viaduto Euclides de Oliveira Figueiredo’. A obra foi inaugurada quando o presidente era o general João Baptista Figueiredo(que assumiu em 1979 e governou até 1985). Ele foi o último presidente militar.
O Euclides que dá nome ao viaduto era pai do presidente que, sabe-se lá motivo, não pôde comparecer à festa de inauguração. Mas, João Baptista mandou o irmão, Euclydes, que também era general(na foto usando jaqueta de couro).
Aliás, a família do ex-presidente, falecido em dezembro de 1999, era de militares. O pai era opositor de Getúlio Vargas e participou da Revolução Constitucionalista de 1932. Foi preso e juntamente com a família foi exilado para Portugal. O avô, João Batista de Oliveira Figueiredo esteve na Guerra do Paraguai.
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