MENGELE foi operado em Jundiaí. Ele engolia os fios do bigode

megele

O nazista José Mengele(foto principal e abaixo) foi operado no Hospital Santa Elisa, em Jundiaí, no início da década de 1970. Mas história só foi revelada pelo Jornal da Cidade de 11 de setembro de 1985. Nela, o médico Eduardo Fredini Júnior contou que tratou de um dos criminosos mais procurados da época sem saber quem ele era. Mengele sofria de uma condição rara em humanos mas muito comum em gatos: tricobezoar, que é o acúmulo de pelos no sistema gastrointestinal, algo que pode matar.

O ‘Anjo da Morte’, o carrasco, o médico que fez milhares de experiências desumanas nos campos de concentração assassinando mais de 400 mil judeus entre 1943 e 1945, sofria de um distúrbio psicológico, a tricotilomania. Este distúrbio é causado por estresse, ansiedade, depressão, transtorno obsessivo compulsivo(TOC). Ele engolia os fios do próprio bigode compulsivamente.

Fredini Júnior e o médico Antônio Furtado de Albuquerque Cavalcanti prestaram depoimento à Polícia Federal e reconheceram o nazista por fotografias. O primeiro contou que em 1972 foi procurado por um suíço que dizia viver no bairro da Figueira Branca, em Campo Limpo Paulista. O médico o descreveu como um senhor de aproximadamente 1,75 de altura, elegante e que tinha dificuldade para falar o português. Era Mengele. Mas ele se identificou como Peter. Sobre o tricobezoar, Fredini revelou que em todos os anos de carreira nunca tinha visto algo parecido.

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Não existe nenhuma confirmação de que o nazista teria morado realmente em Campo Limpo. Especulou-se que ele deu este endereço para ser operado em Jundiaí. Naquela época, hospitais particulares como o Santa Elisa tinham convênio com o INPS, o SUS daquela época.

Josef Mengele se recuperou da operação. Ele morreu afogado, em Bertioga, em fevereiro de 1979. Na época, o corpo foi identificado como sendo Wolfgang Gerhard, um austríaco de 54 anos. Somente em 1985 descobriu-se que Gerhard era um dos muitos nomes usados por Mengele.

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