Morre MESTRE RÃ, o jundiaiense que globalizou a capoeira 

MESTRE RÃ

Cássio Martinho, mais conhecido como Mestre Rã, foi uma lenda da Capoeira que transcendeu as fronteiras do Brasil. Ele morreu hoje(10), no Hospital São Vicente em Jundiaí e será cremado em Itatiba nesta quarta-feira(11), 15 horas, em cerimônia fechada aos familiares. Um desejo dele. A família, alunos e amigos farão homenagem póstuma em data a ser informada

Nascido em Jundiaí em 23 de maio de 1959, era filho do filósofo e publicitário Erazê Martinho e da assistente social Valdice Picchi. Aluno de Mestre Galo, fundou a Capoeira Idalina no início dos anos 1980,  incentivando essa manifestação cultural que combina dança, música, luta e ginga. Foi reconhecida em 2006 como patrimônio cultural imaterial de Jundiaí. 

A convite de Mestre Suassuna viveu 17 anos na Califórnia ensinando essa arte. Lá, uniu-se também ao Mestre Acordeon, fundador da United Capoeira Association (UCA), e ajudou a criar o Capoeira Arts Café. Mestre Rã viajou pelo mundo, vencendo festivais além de  shows folclóricos sob a direção do coreógrafo Jelon Vieira. Em 2005, retornou ao Brasil e fundou um projeto social em Jundiaí, transformando a vida de crianças e jovens em situação de vulnerabilidade.

Em 2003, Mestre Rã havia sido diagnosticado com neurocisticercose. Mesmo assim, continuou ensinando e participando de eventos da Capoeira. Cássio Martinho foi casado com Julielen Pestilo e teve uma filha, Joana Idalina. E o filho de coração, Leonardo Ferreira da Silva, o Amigo da Onça, que dará continuidade a seu legado. Viveu no Rancho Cambará, antigo Sítio Sem Fim, onde realizou seu sonho de conviver e trabalhar com cavalos.(Texto: José Arnaldo de Oliveira/Foto principal: Jana Ferreira/Foto interna: acervo Sumara Mesquita)

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