A reunião dos países não é apenas para discutir o destino econômico do mundo. É para avaliar a substituição da moeda, que é amplamente aceita no comércio mundial, por uma nova. Perder a liderança como uma moeda global é entendido como uma perda de prestígio e que se está debilitado diante da nova ordem mundial. É reconhecer que não mais se lidera a economia mundial como no passado e não mais se tem o reconhecimento internacional de sua pujança. Movimentação geopolítica pode mudar a principal moeda do mundo. Os nacionalistas defendem que não há fenômeno no curto prazo que possa desbancar a moeda tradicional do comércio e estocada nos bancos. Ninguém duvida da importância do país na economia mundial. Sua moeda ainda é a mais importante do planeta por conta do comércio desenvolvido e dos investimentos financeiros que são realizados a partir dela.
A moeda a ser substituída se confunde com a própria história do capitalismo. Circula desde o advento da Revolução Industrial e se globalizou com o crescimento econômico do mundo e a intensificação das relações comerciais e financeiras. Os principais fatores para isso são um parque industrial poderoso, acumulação de capital elevada, capacidade de investimento e aumento em escala global pela procura de produtos. O lastro aceito para avaliação de uma moeda é o ouro, que está na composição metálica da moeda ou estocado nos cofres do banco nacional. Os investidores acreditam que, se quiserem, poderão trocar o dinheiro de papel pela quantidade em ouro correspondente ao valor de face do dinheiro. E não existe, há séculos, razão para duvidar disso. No Brasil, essa crença vem desde a época da chegada da família real no Rio de Janeiro.
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LÍDER DA RÚSSIA QUER HOLOFOTES
A libra esterlina é a moeda mais importante para a economia mundial até as duas guerras do século 20. Com o final da Segunda Guerra Mundial, o Reino Unido sai bastante debilitado apesar de estar ao lado do bloco vencedor do conflito. Os Estados Unidos ocupam a posição hegemônica entre os países capitalistas. A Guerra Fria que se inicia na década de 1940, além do embate ideológico entre o capitalismo e o comunismo, mostra um confronto entre o dólar é o rublo soviético. Sob a liderança americana há uma reunião em Bretton Woods, em 1944, que marca a reordenação global com a substituição da libra esterlina pelo dólar americano. Este tem o seu lastro relacionado em ouro. Os países signatários do acordo concordam em atrelar suas moedas ao dólar americano com um limite de variação de 1%. São criados o Fundo Monetário Internacional, o Banco Mundial, e do Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento, o BIRD. A capacidade de investimentos dos Estados Unidos na reconstrução dos países europeus destruídos pela guerra, o Plano Marshall, consolida a substituição da libra inglesa pelo dólar americano. E a moeda do BRICS?(Foto: Csankovszki Tibor/Pexels)
HERÓDOTO BARBEIRO
Heródoto Barbeiro é professor, âncora do Jornal Nova Brasil, colunista do R7, apresentou o Roda Viva na TV Cultura, Jornal da CBN e Podcast NEH. Tem livros nas áreas de Jornalismo, História. Midia Training e Budismo. Grande prêmio Ayrton Senna, Líbero Badaró, Unesco, APCA, Comunique-se. Mestre em História pela USP e inscrito na OAB. Canal no Youtube Por Dentro da Máquina, www.herodoto.com.br
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