MOLDAR coisas

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Moldar e mudar coisas para que a ideia de passado não se perca no tempo. Grandes recordações e doces lembranças sempre existirão, senão não teríamos registros de tantas coisas importantes que mudaram o mundo e fizeram a humanidade chegar onde chegamos. Mas, devemos também lembrar que o agora não é para sempre e amanhã o hoje já será passado (o ontem) que não é tão distante e nos conduz a grandeza. 

Culturas históricas em ideias de imagens coletivas, sempre trazem pequenas coisas em grandes preciosidades, sem sair do efeito dos argumentos o nosso lugar no mundo. Dar um fim ao juízo de Deus, para uma concepção de um mundo mais inteligente e seguir o roteiro que vai dar tudo certo, como perspectiva de um futuro no amor que constroe, independente de bem e mal.

Frases de orgulho da norma culta da Língua Portuguesa. Do carbono mais puro e preto sai o brilhante mais transparente. Do milho crioulo sai a flor de pipoca mais branca. Imensa força criativa, não é escolha é uma orientação. Para desafiar a política racista dos brancos. Que com racismo se valem de discriminar os negros com o preconceito mais comum, a cor da pele.

Gostar de ouro e um jardim de flores raras, sim a boa informação, não ao mau argumento. Desde os tempos em que “dar o botão” era serviço para ajudante de florista. Assim dizia Fausto Silva, o ressuscitado, que vive atualmente com o coração que foi de um homem negro, compatível, provando para o Brasil, este país racista, que o preconceito contra a cor da pela é o que menos interessa. Por dentro somos todos iguais, mesma humanidade e essência pura. Deixo minha fé me guiar, enquanto o diabo é o advogado do mal, Deus é sempre o juiz de todas as causas. Vidas negras importam.

Não há nenhuma incógnita é só seguir o raciocínio, os registros falam por si, recuperação coisa que gente abolida faz, identidade cultural. Resgate da dignidade. Por falar em lembranças, vamos recordar que há 61 anos atrás, a cantora Alaíde Costa(foto) foi descartada de ir num festival internacional de Bossa Nova, representar o Brasil por ser muito preta para isso. Preferiram o papa, algumas moças brancas de pouca voz, gente que “sussurrava” as canções, por serem acostumadas também com um “cantinho” e um violão. Um whiskizinho, um cigarro e uma cruzada de pernas. Só cantar não era preciso.

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Para Alaíde Costa sobrou a pergunta:

– Onde está você?

O tempo passou, mas ela ainda não completou o 3 x 30 e só agora “pintou” a oportunidade de cantar em Nova Iorque num show solo cantando a velha bossa nova. O passado bateu à sua porta e ela está atualíssima. Por quê? Porque sempre esteve pronta. E não se perdeu na memória branca do Brasil mestiço, o berço das três raças.

Nada será como antes, mas ainda dá para brilhar e moldar. A raça negra é necessária. Refletindo sobre a existência. Afrontando as adversidades contemporâneas. Num filtro de luz no universo. Coisas mal resolvidas nos levam a nossa direção e estão conduzindo-nos à grandeza. Não é coisa de interação e sim reconhecimento de uma realidade. E quem discordar, processe a marca de cosméticos Nívea, que lançou um creme Pele Negra, beleza radiante.(Foto: redes sociais)

LUIZ ALBERTO CARLOS

Natural de Jundiaí, é poeta e escritor. Contribui literariamente aos jornais e revistas locais. Possui livros publicados e é participante habitual das antologias poéticas da cidade.

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