Hoje, preparei uma receita de um delicioso molho de tomate para vocês. Ingredientes: polpa de tomate, sorbato de potássio e fragmentos de pelos de rato. Disse pelos de roedor? Calma! O nosso é diferente! Vamos começar do começo:

Certo dia bateu aquela vontade de comer uma macarronada ao sugo e fui à busca do melhor molho de tomate nos supermercados. Fiquei algum tempo lendo rótulos e me encontrei com os seguintes ingredientes: tomate, polpa de tomate, sal, amido, açúcar, óleo de soja, cebola, salsa em flocos, alho em pó, realçador de sabor, glutamato monossódico, sorbato de potássio e pelo de ROEDOR…E não é aquele ratinho fofinho chamado ‘Remy’, do filme Ratatouille”. Remy até higienizava as mãos para cozinhar…

Mas será que endoideci? Um pouco. Na verdade, o pelo de roedor não está na lista de ingredientes, e que fique claro que não sou contra a indústria de alimentos, ela é fundamental na sociedade hoje.O que acontece no processo industrial do molho de tomate é que é impossível selecionar tomates um por vez para produzir o molho, a menos que tivesse pequenas fadas para colhê-los. Como o pó mágico está em falta, nessa colheita vai de tudo. E vira e mexe lemos notícias desse tipo: “Anvisa recolhe lote de molho de tomate com excesso de fragmentos de pelo de roedor.”Sim ou não? Sim.

É fato que a legislação sanitária permite uma determinada quantidade de fragmentos de pelo de roedor em alguns alimentos, pois, leva em consideração toda a cadeia produtiva e processamento e acreditem os gestores de qualidade das indústrias estão sempre muito empenhados para reduzir essas contaminações, assim como, a legislação trabalha em rigor para promover a saúde e bem estar da população.

Mas, que tal, comer um molho de tomate sem tantos conservantes e sem pelinho de rato? #Fica a dica da ‘nutri’:

  • 1 kg de tomate holandês (é o meu preferido, mas, pode ser outro)
  • 3 colheres de sopa de azeite extra virgem
  • 1 dente de alho picado
  • 1 cebola inteira picada
  • 1 colher de sobremesa de orégano
  • 1 ramo grande de manjericão
  • Sal quanto basta. Açúcar se necessário.

Retire a pele do tomate, pique e reserve.Em uma panela, aqueça o azeite e leve o alho até dourar. Acrescente a cebola e o orégano até dourar também. Acrescente os tomates, o ramo de manjericão e duas xícaras de água e o sal. Dependendo de como estiver a cebola nem precisa acrescentar açúcar para combater a acidez, ou acrescente uma colher de sobremesa de açúcar. Deixe cozinhar por aproximadamente 40 minutos ou até apurar bem e passe por uma peneira para o molho ficar delicado.Você pode congelar em pequenas porções para ir usando conforme precisa.

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Uma bela macarronada, uma pizza saborosa, ou simplesmente um espaguete de abobrinha pedem um delicioso molho de tomates. Mas isso é alimentação saudável? Você está falando de pizza, macarronada?  Desculpe-me os radicais, se não tiver química em excesso nem pelo de roedor e a comida promover satisfação, alegria e boa digestão, é sim uma bela alimentação saudável. Melhor ainda se acompanhada de uma companhia agradável. E claro, não é todo dia que a gente vai comer macarronada e pizza, que fique entendido. Feito o molho. Bom apetite! (foto acima: mercadotododia.com.br)

 

RATOCIBELE VAZ DE LIMA
É nutricionista, especialista em qualidade e segurança dos alimentos. Atua na indústria alimentícia e como palestrante. Observadora e pesquisadora de comportamento humano na área da alimentação.