MOSAICOS do Santuário Nacional de Aparecida

mosaicos

Estive no Santuário Nacional de Aparecida e fiquei encantada com os mosaicos. Do lado norte, voltado para cidade, são do Antigo Testamento e foram inaugurados em março de 2022. E do lado sul, apresentados em maio deste ano, em direção ao centro de apoio aos romeiros, estão as cenas do Novo Testamento e momentos da vida de Jesus. Há mosaicos também nas colunatas. A fachada sul conta com 22 cenas nas paredes e oito na base.

De acordo com o santuário, “os mosaicos apresentam a Infância de Maria, toda a Vida Jesus, os Discípulos e Discípulas, a Igreja Primitiva, os Mártires e outras referências a elementos bíblicos. Os mistérios da Encarnação, da Eucaristia, Morte e Ressurreição de Cristo, bem como sua Ascensão ao Céu, estão profundamente unidos. A contemplação das cenas e temas retratados leva a revisitar os principais elementos da fé, convidando a reconhecer a própria vida na vida de Cristo”.

Nas duas fachadas, as pedras são do Brasil, França, Grécia, Afeganistão e outros países. Os mosaicistas, mais de 40, vieram de 16 países, além dos brasileiros. Os dois principais materiais nos mosaicos são tésseras de vidro e pedras naturais, como mármore e granito. Uma obra valiosíssima de arte, com conteúdo que toca a alma e o coração.

Concordo que os painéis nos levam a reconhecer a própria vida na vida de Cristo. Dentre eles, foquei no da ressurreição de Lázaro. Demais significativo. São João (11, 1- 44) nos relata sobre esse acontecimento da vida de Jesus. Lázaro e suas irmãs Marta e Maria eram de amizade com Jesus. Lázaro morreu e, quando Jesus chegou, já havia quatro dias que ele se encontrava na sepultura. Tomado de emoção, Jesus foi ao sepulcro e ordenou: “Tirai a pedra”. Removeram pois a pedra. Levantando Jesus os olhos ao alto disse: “Pai, rendo-te graças, porque me ouviste. Eu bem sei que sempre me ouves, mas falo assim por causa do povo que está em roda, para que creiam que tu me enviaste.” Depois destas palavras exclamou em alta voz: “Lázaro, vem para fora!” E o morto saiu, tendo os pés e as mãos ligados com faixas, e o rosto coberto por um sudário. Ordenou então Jesus: “Desligai-o e deixai-o ir.”

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No painel, a que me refiro, aparece Jesus junto com Lázaro envolto em faixas. Era costume da época envolver o corpo dos mortos com faixas. Emocionei-me tanto! É bem assim: o Senhor assumiu a nossa humanidade, conhece nossas complicações e erros e nos chama a caminhar para fora do que nos faz mal. Quantas vezes aconteceu comigo. Ele é tão próximo! Não nos chama de longe. As faixas de nossas mortes ele desligou na Cruz. A escolha de nos libertarmos delas é nossa.

MARIA CRISTINA CASTILHO DE ANDRADE

É professora e cronista

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