Com a aproximação do mês de novembro, mês conhecido nacionalmente como o mês que visa recordar e evidenciar lutas e resistências da população negra contra o racismo, preconceito, discriminação racial e desigualdades sociais, os coletivos, movimentos sociais e o Movimento Negro organizado na cidade de Jundiaí, iniciou o ciclo de reuniões e discussões para realizar a tradicional Marcha da Consciência Negra na cidade, marcada para o dia 20 de novembro, que agora é feriado estadual.
Em Jundiaí com o apagamento seletivo da contribuição da população negra e indígena para o desenvolvimento da cidade em detrimento da cultura eurocentrista, pautar a história da cidade a partir das vivências das pessoas negras do passado é fundamental para construir um presente antirracista e um futuro com a erradicação do preconceito étnico racial e a valorização da cultura negra da cidade, no estado e em todo o país.
Neste ano através da aprovação do projeto de lei Projeto de lei 370/2023 que estabelece no âmbito do Estado de São Paulo, o dia 20 de novembro de cada ano, Dia Estadual da Consciência Negra, como feriado estadual. Projeto que é resultado da articulação e luta do movimento negro paulista e do Brasil, em lembrança a morte de um dos maiores símbolos da resistência contra a escravização que negros foram submetidos durante mais de 3 séculos no Brasil, Zumbi dos Palmares foi um dos líderes do maior quilombo conhecido da América Latina, localizado no território atual do estado de Alagoas, chegou a reunir cerca de 20 mil quilombolas.
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A marcha visa denunciar os diversos crimes e ataques racistas sofridos pela população negra e indígena na cidade, que infelizmente são ignoradas pelo poder publico e reforçados pelo racismo estrutural existente na sociedade brasileira.
A próxima reunião de organização acontece na próxima terça-feira (17), no Templo de culto Afro – Santa Catarina, localizado na Rua Carlos Drummond de Andrade. Nº 20, Jardim Ângela, Jundiaí, às 19 horas. Todos que desejam somar na luta antirracista estão convidados a construir a Marcha da consciência negra 2023.
JÚNIOR ARCANJO
Professor da rede pública estadual, historiador, ativista interseccional da educação, dos direitos da juventude, das pessoas negras e LGBTQIA+.
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